Is alternated current really more efficient than pulsed current in terms of neuromuscular parameters, current intensity and discomfort level?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paz, Isabel de Almeida
Orientador(a): Vaz, Marco Aurelio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/205199
Resumo: A Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) é amplamente utilizada na reabilitação clínica, especialmente para melhorar a força muscular e prevenir quadros de atrofia. Dois tipos de correntes elétricas são bastante utilizados na prática clínica, a corrente pulsada (CP) e a corrente alternada (CA). A CA foi inicialmente introduzida sob a ideia de que seria capaz de aumentar a capacidade de produção de força em 40%, e, por esse motivo, utilizada na prática clínica sob a ideia de ser mais efetiva do que a CP para o fortalecimento muscular. Contudo, a literatura sobre essa temática é inconclusiva ou contraditória, e os estudos apresentam baixa qualidade metodológica. Em função disso, não é possível determinar qual das duas correntes é mais eficiente. Com a finalidade de responder essa pergunta e de aprofundar o conhecimento sobre esse tema, o objetivo da presente dissertação foi o de avaliar os efeitos agudos da CA comparados aos da CP em parâmetros clínicos (intensidade de corrente e nível de desconforto) e neuromusculares (torque evocado, eficiência neuromuscular, fatigabilidade e trabalho total) em jovens saudáveis. Para atingir esse objetivo realizamos 3 estudos: o primeiro, uma revisão sistemática com metanálise (Capítulo 1), seguido de dois ensaios clínicos randomizados, (Capítulos 2 e 3) que compõem essa dissertação. No Capítulo 1, revisamos sistematicamente a literatura por meio de uma metanálise de ensaios clínicos randomizados com o objetivo de avaliar os efeitos da CA e da CP (a) no torque extensor de joelho evocado pela EENM; (b) no nível de desconforto e (c) no nível de fatigabilidade em jovens saudáveis. CP demonstrou maior torque evocado comparado a CA-2.5 KHz e CA-4.0/4.05 KHz, e similar torque evocado comparado a CA-1.0 KHz. CP demonstrou similar desconforto à CA-1.0 KHz e CA-2.5 KHz. CP apresentou maior redução da contração voluntária máxima isométrica (CVMI) após protocolo com EENM (maior fadiga) comparada CA-2.5 KHz. Contudo, os estudos incluídos demonstraram baixa qualidade metodológica, e a análise de evidências para cada desfecho demonstrou evidências muito baixas a moderadas. Portanto, nos Capítulos 2 e 3 procuramos realizar dois estudos de alta qualidade metodológica com objetivo de preencher as lacunas da literatura. Para ambos os estudos, recrutamos 30 indivíduos saudáveis e fisicamente ativos, os quais foram submetidos a 6 dias de testes: 4 dias de teste para verificar os efeitos da CA e CP em parâmetros neuromusculares, intensidade de corrente e desconforto (Capítulo 2), e 2 dias de teste para avaliar os efeitos da CA e CP na fatigabilidade dos extensores do joelho (Capítulo 3). Portanto, no Capítulo 2 investigamos os efeitos da CP e CA (a) na intensidade de corrente (mA) necessária para evocar torque submáximo e máximo; (b) no torque extensor de joelho evocado pela EENM; (c) na eficiência neuromuscular; e (d) no nível de desconforto. Para esse estudo, primeiramente utilizamos parâmetros semelhantes de duração de pulso (CP = 2 ms) e de burst (CA = 2 ms), bem como uma configuração de pulso comumente estudada e utilizada na prática clínica com as duas correntes (duração de pulso de 0.4 ms para CP e CA, com duração de burst de 5 ms para CA). Observamos que a CP gerou maior torque que CA. Adicionalmente, a CP com maior duração de pulso (2 ms) necessitou de menor intensidade de corrente e foi mais eficiente em dois níveis de força submáxima evocada quando comparada às demais configurações, sem diferenças no nível de desconforto entre CA e CP. Além disso, a duração de burst de 2.0 ms ou 5.0 ms da CA-2.5 KHz não teve qualquer influência nos parâmetros avaliados. Em relação à fatigabilidade, no Capítulo 1 verificamos que a CP foi mais fatigável que CA-2.5 KHz. Entretanto, somente o índice de queda da força em relação a CVMI pré e pós protocolo de fadiga foi avaliado, e a evidência para esse desfecho foi muito baixa. Além disso, os parâmetros de declínio da CVMI pós protocolo de fadiga, índice de fatigabilidade do torque evocado durante protocolo de fadiga, e análise da integral da curva torque-tempo (i.e., trabalho), não foram avaliados em um único estudo, o que poderia fornecer uma avaliação mais ampla e completa sobre o nível de fatigabilidade entre as correntes. Portanto, o Capítulo 3 teve como propósito comparar os efeitos da CP e da CA-2.5KHz sobre a fatigabilidade e desconforto, através da aplicação de um protocolo submáximo de fadiga isométrica. Os indivíduos foram avaliados em dois momentos: antes e após uma sessão de 20 minutos com CP ou com CA. Os resultados demonstraram que a CA é menos resistente à fatigabilidade que a CP, uma vez que demonstrou rápida queda no torque evocado, menor trabalho total e maior índice de queda da CVMI, mas similar nível de desconforto. Em conclusão, CP é mais eficiente do que a CA devido à menor intensidade de corrente, torque evocado mais elevado, maior eficiência neuromuscular, e menor fatigabilidade com maior trabalho total.