Cereja do bolo: mãos literárias de pessoas surdas idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Branco, Bruna da Silva
Orientador(a): Karnopp, Lodenir Becker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280050
Resumo: Esta tese apresenta a pesquisa sobre de que modo narrativas sobre interculturalidade são produzidas pelas mãos literárias de pessoas idosas. Os objetivos específicos foram: resgatar e registrar narrativas produzidas por pessoas surdas idosas e identificar as (possíveis) contribuições das mãos literárias para a área de educação. Percebeu-se, na pesquisa sobre o quantitativo de materiais publicados por pessoas surdas idosas, relacionados às narrativas, uma escassez de produções. É relevante destacar que esta pesquisa está atrelada aos Estudos Culturais e Estudos Surdos. Pensa-se no conceito de interculturalidade porque as mãos literárias das pessoas surdas idosas vivem na sociedade, no uso narrativo de suas experiências pessoais surdas, no narrar as suas vidas cotidianas. Como metodologia, foram realizadas entrevistas com cinco pessoas surdas idosas, uma de cada região do Brasil: Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul. Três homens e duas mulheres, a partir de 60 anos, idosos na acepção da lei brasileira. As entrevistas foram filmadas, traduzidas, transcritas e, posteriormente, analisadas, tendo em vista o valor das mãos literárias em contato com a literatura surda e a convivência social (família, escola e colegas de trabalho), na interculturalidade, no contato entre culturas diferentes. Foram apresentados os perfis dos entrevistados, que, embora possuidores de formações diferentes, produziram narrativas de experiências de vida semelhantes: desde a leitura, como ocorria a comunicação com a família, entre colegas e amigos ouvintes. Como resultado das análises, viu-se que a interculturalidade ocorre na comunidade surda, na relação com a diferença, com o outro. Desse modo, concluo que é preciso que mais vídeos sejam registrados, principalmente das pessoas surdas idosas no Brasil, pois as mãos literárias precisam de registro, especialmente a narrativa pessoal da experiência de ser surdo, que ensina modos de ser surdo para gerações futuras. Ao aumentar-se a circulação de vídeos na internet, espera-se que a cultura surda seja mais difundida e consumida.