Avaliação da toxicidade aguda e subcrônica de levamisol, um adulterante da cocaína, em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Laurentino, Ana Olívia Martins
Orientador(a): Leal, Mirna Bainy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220341
Resumo: O anti-helmíntico levamisol (LVS) é uma das principais substâncias utilizadas na adulteração da cocaína. Estudos demonstram que sua presença em amostras de cocaína aumentou em todo o mundo, assim como, o desenvolvimento de patologias associadas a esta combinação, tais como: vasculite sistêmica, agranulocitose, neutropenia, necrose tecidual, hemorragia pulmonar e lesão renal. Contudo, os dados sobre a toxicidade do LVS são escassos, portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos tóxicos agudos e subcrônicos do LVS em ratos. Grupos de ratos Wistar, machos receberam (via intraperitoneal) salina ou LVS nas doses de 12, 24 e 36 mg/kg no teste de toxicidade aguda (N=5/grupo) e de 3, 6 e 12 mg/kg no teste de toxicidade subcrônica (N=10/grupo). A toxicidade foi avaliada através de parâmetros comportamentais, cognitivos, renais, hematológicos, bioquímicos e histopatológicos. A administração aguda de LVS causou alterações comportamentais severas, congestão dos órgãos, aumento da excreção urinária de K+ e creatinina e diminuição dos níveis séricos de GSH, sendo estes efeitos mais proeminentes nas doses de 24 e 36 mg/kg. A administração subcrônica causou alterações comportamentais e cognitivas, congestão dos órgãos, aumento do peso relativo do fígado, alterações hematológicas, aumento dos níveis de FAL, aumento da excreção urinária de mAlb e Na+, aumento dos níveis séricos de GSH e diminuição dos níveis de tióis totais no fígado, sendo estes efeitos mais acentuados nas doses de 6 e 12 mg/kg. Desta forma, observamos que os tratamentos causaram efeitos tóxicos de relevância clínica, fazendo do LVS um perigoso adulterante. Contudo, são necessários mais estudos para elucidar os mecanismos envolvidos nas alterações observadas e para verificar os efeitos da combinação com a cocaína.