Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Cocco, Marta |
Orientador(a): |
Lopes, Marta Júlia Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/10263
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo conhecer e compreender a morbidade por Causas Externas (acidentes e violências) entre jovens na região Lomba do Pinheiro/Partenon, do município de Porto Alegre, no período de 2002 a 2005. Trata-se de um estudo de morbidade, híbrido, com desenho descritivo do tipo ecológico, baseado em uma série temporal, com elementos de coleta e análise qualitativa. Os dados referentes ao perfil da morbidade foram coletados durante os atendimentos de jovens, em sua demanda específica aos serviços. O instrumento local de registro serviu como base, também, para a construção do geodado possibilitando o georeferenciamento dos eventos. Utilizou-se para análise, a estatística descritiva software SPSS 13.0, e para o geoprocessamento o software Map-Info. A tipologia das Causas Externas e as situações de vulnerabilidade foram construídas a partir das entrevistas semi-estruturadas com 23 jovens, optando-se pela análise de conteúdo do tipo temático. Entre os resultados encontraram-se 442 jovens vítimas de Causas Externas, nesse período; identificou-se predomínio dos agravos em jovens do sexo masculino (64%) . O domicílio configurou-se no principal local das ocorrências desse tipo de agravo com 45,9% das informações. Entre as ocorrências mais freqüentes encontraram-se os acidentes domésticos, acidentes de esporte e lazer, acidentes com animais, violência interpessoal e violência sexual. Evidenciou-se que os jovens são oriundos de famílias de precária inserção socioeconômica, identificada pela renda familiar, pelo baixo nível de escolaridade dos pais, pelas condições de moradia, pela dificuldade de acesso aos bens de consumo e de inserção no mercado de trabalho, bem como evidências de fragilidade das relações sociais, na família e na comunidade. A violência e os acidentes para esse grupo populacional fazem parte do cotidiano, e os jovens estabelecem relação desses eventos com o consumo de álcool e drogas, ao hábito de fumar, dirigir em alta velocidade, às condutas agressivas ou violências, testando os próprios limites e a potencialização dessas atitudes, em grupos. Revela-se, portanto essa população/geração como um grupo vulnerável aos agravos por essas causas, considerando, entre outros elementos, as culturas de gênero e a precariedadedos espaços coletivos das relações sociais. Esses achados apontam para a necessidade de ações de saúde intersetoriais dirigidas aos jovens, às famílias, à escola, a comunidade, entre outros espaços de socialização como resposta às situações de vulnerabilidade que se apresentam nas diferentes dimensões, sejam programáticas, sociais e individuais às quais os jovens encontram expostos. |