A homeopatia no Sistema Único de Saúde : vivência de um cuidado integral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bertoncello, Magda Maria Gaspary
Orientador(a): Luz, Madel Therezinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184572
Resumo: Este estudo demonstra a Homeopatia como Racionalidade Médica, com seu paradigma vitalista, e como isto foi vivenciado/experimentado, em um ambulatório de Homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS), no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS). Trata-se de um estudo qualitativo que analisa os resultados de entrevistas semiestruturadas realizadas a partir de um roteiro baseado em um instrumento de avaliação da atenção primária elaborado pela Universidade de Edimburgo, Escócia. Tem como objeto o tratamento homeopático de 10 sujeitos atendidos nesse ambulatório, no período entre 2007 a 2014 e, por objetivo, o entendimento dos sujeitos sobre esse tratamento e possíveis influências em suas vidas e em seu viver. O que entendeu, vivenciou, experenciou o sujeito em um tratamento homeopático? Houve influências desse tratamento em sua vida? Se sim, quais? Dos 10 sujeitos, oito eram mulheres e dois, homens, cujas idades variaram entre 32 e 73 anos. A análise baseia-se nos discursos de usuários sobre a vivência que tiveram dessa realidade de cuidado e mostra o quanto essa Racionalidade Médica é capaz de influenciar o processo saúde/doença do indivíduo O estudo seguiu os preceitos éticos submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e pela Plataforma Brasil. Como resultado deste estudo, aparecem como temas centrais da análise das entrevistas, a busca por um tratamento integral, a noção de saúde como equilíbrio, a confiança na terapêutica, a procura por um tratamento para problemas emocionais, o fato do sujeito não querer usar tratamento alopático e a cura natural (suave) e a longo prazo (duradoura) da Homeopatia. Como recomendações, os sujeitos sugerem que esse tratamento esteja mais disponível, com mais divulgação e acesso, pois “geraria mais economia aos cofres públicos” e provocaria uma “mudança de paradigma, onde o foco não está na doença, mas no desequilíbrio e a pessoa em tratamento pode ser sujeito do seu reequilíbrio ou estado saudável e ser corresponsável por mantê-lo”. Por fim, entende-se que a implantação da Política das Práticas Integrativas no SUS é um desafio e, especialmente em Porto Alegre, no que tange à Homeopatia, necessita de apoio e de pressão política organizada por parte de usuários, profissionais especializados e gestores para ser efetivada.