Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Vitória Sant’Anna |
Orientador(a): |
Pinheiro, Leandro Rogério |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276970
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Resumo: |
A presente dissertação buscou investigar o processo de socialização de jovens ritmistas educadores nas escolas de samba de Porto Alegre/RS. As escolas de samba são agremiações que se denominam e se constituem como Sociedades Beneficentes, Culturais, Recreativas, Carnavalescas e Associações, tendo a maior participação e protagonismo de negros e negras oriundos de periferias. Com inspiração teórica e metodológica de Bernard Lahire, proponho uma pesquisa centrada nos indivíduos e na sua socialização plural, que produz disposições. Buscou- se compreender a atuação de jovens nas escolas de samba e como essa se relaciona com outros universos sociais. Objetivou-se, assim, olhar, dentro dos limites da pesquisa, para as trajetórias de três indivíduos, ritmistas de escolas de samba, a partir de três entrevistas em profundidade, identificando os contextos sociais, bem como as práticas regulares e a rede de relações duradouras para esboçar traços disposicionais. As entrevistas oportunizaram conhecer os itinerários biográficos dos jovens, que têm como espaços sociais inter-relacionados a família, o trabalho, o território, a escola formal de ensino e a escola de samba. Concluiu-se que a participação na escola de samba constitui redes de interdependência que mesclam o âmbito familiar, territorial e musical, além de propiciar pertença e projeções individuais que podem mobilizar o ator social a participações que extrapolam os limites interpostos por situações de precariedade e estigmatização. Tais redes instigam os jovens a atitudes de comprometimento, à circulação urbana e a táticas de viabilização das atividades sociais, constituindo, em alguns casos, disposições transferíveis para espaços laborais. As experiências produzidas neste espaço apresentam um modo de educação e socialização através da oralidade, valorizando uma vivência rítmico-coletiva e afetivo-moral. |