Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Gross, Carolina Campos |
Orientador(a): |
Hutz, Claudio Simon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/10808
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Resumo: |
A avaliação da qualidade de vida é considerada uma importante ferramenta na busca por estratégias eficazes de tratamento na área da saúde. As doenças crônicas, como o Diabetes Melito (DM), requerem uma abordagem clínica e investigativa que abranja todas as necessidades biológicas, psíquicas e sociais destes indivíduos. A mensuração dos fatores psicológicos com a identificação dos problemas emocionais pode servir com uma ferramenta útil na avaliação das variáveis que afetam a adesão ao tratamento. Os objetivos dessa pesquisa, portanto, foram analisar a validade da versão brasileira da Escala PAID (Problem Areas in Diabetes), B-PAID, e a sua relação com os fatores associados ao controle metabólico, tipo de tratamento, idade de diagnóstico, gênero, idade e grau de instrução em pacientes com DM tipo 2 (DM2). Foi realizado um estudo transversal em 146 pacientes com DM2, selecionados ao acaso entre aqueles que consultavam no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os pacientes responderam a um questionário que incluía o tipo de tratamento realizado para DM, o valor da hemoglobina glicosilada (HbA1c), o tempo conhecido de diagnóstico da doença, o nível de instrução e dados sobre a idade e o sexo. Responderam também a três questionários: B-PAID, Escala de Satisfação de Vida (SWL) e Escala de Avaliação da Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL). A Escala B-PAID foi analisada quanto à validade, à fidedignidade e à sensibilidade. Os resultados mostraram boa consistência interna da escala (Alpha de Cronbach = 0,93) e correlação significativa entre a Escala B-PAID e as escalas WHOQOL (r=-0,33; p<0,05) e Satisfação de Vida (r=0,55; p<0,01). Analisando as possíveis associações entre a Escala B-PAID e as características clínicas dos pacientes, observaram-se correlações significativas com a idade (r=-0,23; p<0,01) e nível de educação (r=-0,22; p<0,01), mas não com HbA1c . Os escores do B-PAID mostraram-se mais elevados nas mulheres (35,62±27,27; p<0,01) do que nos homens (25,96±21,17; p<0,01) e não houve diferença significativa entre os pacientes que fazem uso de insulina (24,37±14,25; p<0,23) e os que não utilizam insulina (31,92±25,98; p<0,23). Na análise de regressão múltipla, somente as variáveis idade (β= -0,224; p=0,06) e nível de instrução (β= -0,157; p=0,05) estão significativamente e inversamente associadas ao B-PAID. Esses resultados indicam que a Escala B-PAID apresenta boas condições psicométricas, podendo ser considerada uma ferramenta de avaliação doimpacto do DM2 na qualidade de vida desta população no Brasil. Indivíduos mais jovens com nível de instrução menor apresentam maior risco de desenvolverem estresse emocional associado ao diabetes, devendo ser priorizados nas intervenções psicossociais. |