Evolução geológica (800–560 Ma) do setor central do Cinturão Dom Feliciano com base no estudo petrológico, geocronológico e de proveniência dos complexos Porongos, Várzea do Capivatira e Passo Feio, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Battisti, Matheus Ariel
Orientador(a): Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239719
Resumo: A estratigrafia original de bacias pré-colisionais é em geral bastante modificada durante as colisões devido aos diversos processos orogênicos, incluindo a intensa deformação. O Cinturão Dom Feliciano, localizado no sul do Brasil e Uruguai, é parte de um extenso sistema orogênico neoproterozoico e teve sua estruturação principal desenvolvida por deformação prolongada do final do Criogeniano ao Ediacarano. Portanto, a reconstrução de sua evolução geológica e de suas bacias sedimentares originais é bastante dificultada. Esta tese busca avaliar a história pré-colisional e colisional do setor central do Cinturão Dom Feliciano com base no estudo da relação espacial e temporal dos complexos Porongos, Várzea do Capivarita e Passo Feio. A história pré-colisional do cinturão foi investigada através do estudo geocronológico e de isótopos de oxigênio em cristais de zircão de rochas metavulcânicas intercaladas com as sequências metassedimentares dos complexos Várzea do Capivarita e Porongos. Os resultados trouxeram robustas evidências de uma conexão pré-colisional, em ca. 800–770 Ma, entre as rochas do antepaís e do além-país do Cinturão Dom Feliciano. A história colisional do cinturão foi investigada através do estudo de amostras metassedimentares dos complexos Porongos e Passo Feio por meio de modelamento das condições P–T, determinações geocronológicas de Lu–Hf granada-rocha total e de U–Pb SIMS em monazita. Os novos dados permitem estabelecer dois períodos distintos de espessamento crustal, o primeiro em ca. 660 Ma e o segundo em ca. 565 Ma e, por consequência, trazem evidências de migração para oeste da frente orogênica em um sistema orogênico transpressivo de longa duração. Os ambientes sedimentares originais e suas relações foram também investigados por meio de dados geoquímicos e isotópicos (Sr-Nd) compilados da literatura para amostras metavulcânicas intercaladas com metassedimentos dos três complexos estudados. Estes dados, em conjunto com novos dados geoquímicos, de Sr-Nd e de U-Pb em zircão obtidos para os complexos Passo Feio e Porongos, sugerem pela primeira vez um magmatismo compartilhado entre o Complexo Passo Feio e a sequência Capané do Complexo Porongos em ca. 600–580 Ma. Tais dados também corroboram um magmatismo compartilhado em ca. 810–770 Ma entre o Complexo Várzea do Capivarita e a sequência Cerro da Árvore do Complexo Porongos.