Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Veras, Kleyton Santos |
Orientador(a): |
Koester, Leticia Scherer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234962
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Resumo: |
O ácido rosmarínico (AR) é um composto fenólico que possui múltiplas atividades biológicas, porém baixa biodisponibilidade, que pode estar relacionada à sua solubilidade aquosa, estabilidade físico-química e permeabilidade no trato gastrointestinal. A complexação com ciclodextrinas (CD) vem sendo uma alternativa tecnológica amplamente utilizada para propiciar aumento de biodisponibilidade de fármacos e os complexos são encontrados no mercado farmacêutico principalmente na forma farmacêutica de comprimidos. Baseado nisso, este trabalho teve como objetivos realizar levantamento da literatura condizente com o tema, avaliar o efeito da complexação do AR com metil-βCD (MβCD) sobre a sua solubilidade aquosa, estabilidade térmica e gastrointestinal e permeabilidade e realizar estudo de compatibilidade com excipientes comumente utilizados na produção de comprimidos. Inicialmente, revisões de literatura relatando as vias de administração e sistemas de liberação aplicados ao AR e biodisponibilidade oral e estudos de complexação com CDs do AR e seus derivados foram realizadas. Posteriormente, complexo do AR e MβCD foram obtidos por método de suspensão em água seguido de liofilização, caracterizados por cromatografia líquida, infravermelho (FTIR), calorimetria diferencial exploratória (DSC), termogravimetria (TG) e ressonância magnética nuclear de próton (H1 RMN) e submetidos a avaliação de solubilidade aquosa, estabilidade térmica e gastrointestinal e permeabilidade. Para o estudo de compatibilidade, misturas binárias (1:1) entre AR e excipientes foram obtidas e submetidas a análise de DSC, TG, FTIR, ressonância magnética nuclear em estado sólido e estresse isotérmico. As revisões demonstraram que o AR vem sendo administrado por diferentes vias e veiculado a variados sistemas de liberação. Sua biodisponibilidade oral, bem como a de alguns dos seus derivados, é baixa, e a complexação com CDs permanece como uma das alternativas tecnológicas pouco exploradas ao aumento da absorção oral. O complexo obtido apresentou um teor de 0,33 mg/mg e mudanças físico-químicas foram detectadas por FTIR, DSC e TG, sugerindo a complexação do AR com MβCD, a qual foi confirmada pelo método H1 RMN. A complexação foi capaz de aumentar a solubilidade aquosa e estabilidade do AR, sem afetar a sua partição óleo/água, porém os testes de permeabilidade foram inconclusivos. No estudo de compatibilidade, celulose microcristalina e polivinilpirrolidona não apresentaram incompatibilidades com o AR, enquanto croscarmelose de sódio e estearato de magnésio promoveram sua degradação. Desta forma, conclui-se que o AR e seus derivados possuem baixa disponibilidade quando administrados por via oral e poucos estudos, até o momento, utilizaram a complexação com CDs com intenção de melhorar esta característica. A complexação com MβCD se apresenta como uma abordagem tecnológica promissora para aumento da absorção do AR por via oral por propiciar melhores características biofarmacêuticas. Por meio da avaliação de compatibilidade AR-excipientes, pode ser estabelecido que croscarmelose de sódio e estearato de magnésio são excipientes que necessitam mais atenção no processo de manipulação para produção de forma farmacêutica que contenha o AR. |