Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Todero, Ana Andrieli |
Orientador(a): |
Miron, Luciana Inês Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/281946
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Resumo: |
A relação entre os rios urbanos e as cidades é o tema da presente pesquisa. Os ecossistemas das margens de rios sempre forneceram uma variedade de funções ecológicas, recreativas, sociais e até mesmo econômicas. Contudo, por terem sido negligenciados ou modificados em nome do progresso urbano, resultaram em problemas climáticos, perda de biodiversidade e descaracterização da paisagem. Ao longo do tempo têm sido desenvolvidas políticas que visam a qualidade de vida da população por meio da restauração das funções ambientais. Diante da complexidade do tema, destaca-se a necessidade de compreensão dos ecossistemas urbanos e hídricos por meio de avaliações específicas, que possibilitem o planejamento de melhora da qualidade de vida urbana. Assim, os indicadores de qualidade de vida urbana podem ser uma ferramenta para o planejamento urbano. Apesar da importância desse tema, não foram encontrados estudos que os abordem simultaneamente. A partir desse contexto se propõe a questão de pesquisa: Quais indicadores podem ser utilizados para avaliar a qualidade de vida urbana nas margens de rios urbanos? Para responder à questão, o objetivo geral foi propor indicadores que possibilitem avaliar a qualidade de vida urbana das áreas que margeiam os rios urbanos. A estratégia metodológica adotada foi a Design Science Research (DSR), que tem como foco o desenvolvimento de artefatos, neste caso: um quadro com indicadores específicos para a avaliação de qualidade de vida urbana nas margens de rios urbanos. Para isso, foram realizadas quatro etapas: 1) contextualização e aproximação do problema; 2) proposição de instrumentos para concepção do artefato; 3) desenvolvimento do artefato e 4) proposta do artefato final e explicação das aprendizagens. O estudo empírico selecionado para compor a pesquisa foi o Arroio Dilúvio, localizado majoritariamente na Avenida Ipiranga em Porto Alegre. Esse arroio tem seu balanço hídrico modificado e seu ecossistema descaracterizado devido à urbanização, sendo considerado um elemento segregador do território. Ainda, cerca de 12 dos seus 17 quilômetros de extensão estão canalizados e retificados, tornando-se o destino de escoamento de esgoto de diversos bairros. Para alcançar os objetivos e responder à questão, foram propostos indicadores específicos para as margens de rios urbanos, os quais foram compostos a partir de uma análise de indicadores de fontes existentes resultantes de revisões sistemáticas da literatura, bem como da análise da percepção da população. Essa análise da percepção foi obtida por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas realizadas com 60 respondentes em um trecho de aproximação. Os indicadores propostos priorizaram as áreas com piores avaliações na percepção da população. Tais indicadores foram elaborados preenchendo lacunas relacionadas a indicadores e métodos de qualidade de vida urbana existentes, os quais não abordavam especificamente os rios urbanos e seus ecossistemas. Por fim, este estudo propôs 33 indicadores específicos dispostos nas dimensões: equipamentos e mobiliários urbanos; gestão; social; economia; educação; habitação; saúde; comércio; meio ambiente; saneamento; lazer e cultura; segurança; mobilidade e acessibilidade. Ao integrar as análises quantitativa e qualitativa, entende-se que o artefato poderá apoiar o desenvolvimento de políticas e práticas de planejamento urbano e que integrem ambiente construído e natural. |