Estudo laboratorial de misturas asfálticas a frio produzidas com incorporação de borracha de pneus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Clerman, Danielle de Souza
Orientador(a): Ceratti, Jorge Augusto Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/4493
Resumo: A adição de polímeros a misturas asfálticas tem sido utilizada por muitos anos viabilizando aplicações asfálticas e melhorando suas características. Com o aumento da preocupação ambiental com resíduos sólidos, a borracha obtida de pneus velhos, considerados um passivo ambiental, passou a ser utilizada como aditivo para misturas asfálticas a quente, apresentando excelentes resultados. No entanto, poucos estudos investigaram o efeito da adição de borracha de pneus em misturas a frio. Estas misturas com emulsões asfálticas aparecem como uma alternativa de pavimentação para vias de baixo e médio volume de tráfego, demonstrando os benefícios desta tecnologia, bem como as vantagens ecológicas e a economia energética que se originam no emprego destes materiais. Esta pesquisa teve como objetivo investigar a utilização da borracha de pneu como agregado em misturas a frio. Ensaios laboratoriais de resistência à tração e módulo de resiliência à compressão diametral, realizados em corpos de prova curados durante dois períodos diferentes, foram responsáveis pela caracterização do comportamento destas misturas asfálticas produzidas a frio com emulsão asfáltica convencional e modificada por polímero virgem, do tipo SBR. Foram utilizados dois tipos de misturas: densas e semi-densas. A borracha de pneu foi incorporada às emulsões como porção da massa de agregado; em 1% e 2% e em duas granulometrias: 0,18 mm e 0,42 mm. Este processo é conhecido como via seca para misturas a quente. Esta pesquisa seguiu o procedimento de dosagem Marshall para estabelecer o teor de projeto de ligante. As misturas densas apresentaram aumento dos teores de ligante com a adição da borracha. Nas misturas semi-densas, houve uma grande queda na estabilidade para as misturas com borracha. Com o acréscimo da borracha mais fina, valores superiores de resistência à tração foram obtidos para ambas misturas. A deformabilidade elástica aumentou com o teor e tamanho das partículas de borracha. As misturas densas, em geral, apresentaram melhores resultados com o acréscimo de borracha que as misturas semi-densas. A inclusão de borracha de pneus a pré-misturados a frio mostrou-se viável e exeqüível, consumindo grande quantidade de pneus resultando em benefícios ambientais.