A relação entre tecnologia e instituições em cadeias de valor do agronegócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Avila, Ariane Mello Silva
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216448
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar como são determinadas as configurações de cadeias de valor a partir da relação entre tecnologia e instituições. Para isso, entende-se que a evolução do agronegócio não é um processo técnico individual, mas sim um processo coletivo que associa as soluções técnicas e o ambiente institucional. Logo, o desenvolvimento de novas tecnologias e novos produtos no agronegócio depende de um padrão mais dinâmico de microligações, baseadas na complementaridade de conhecimento e a dificuldade em lidar com cada vez mais conhecimentos torna o agronegócio um setor propício para análise de cadeia. O conceito de agronegócio como referencial teórico está, naturalmente, associado à noção de cadeia de valor. A cadeia surge como forma de corrigir institucionalmente as eventuais limitações tecnológicas das firmas. Mesmo considerando a tecnologia e as instituições, ao analisar apenas uma ou outra se abandona a ideia de causalidade e dependência existente nos princípios evolutivos da mudança tecnológica e institucional. Em outras palavras, é necessário compreender que tecnologia e instituições co-evoluem: tanto as tecnologias e suas mudanças são capazes de influenciar as instituições quanto as instituições e suas próprias mudanças influenciam a tecnologia. No entanto, a literatura existente, apesar de considerar a co-evolução, não oferece uma proposta formal da combinação dessas temáticas – tecnologia e instituições em cadeias de valor. Desta forma, entende-se que tecnologia e instituições não devem ser tratadas de forma desequilibrada ou separada: é necessária uma abordagem integradora. A abordagem integradora visa não apenas informar ou compreender uma determinada temática, mas sim analisar e sintetizar as relações no nexo tecnologia-instituições para avaliar seu comportamento e a configuração das cadeias de valor. Para atingir o objetivo proposto, utilizou-se uma pesquisa de múltiplos casos a partir da análise das cadeias de frangos, suínos e atum. Os resultados mostram que as cadeias de frangos e suínos possuem uma trajetória tecnológica baseada na diversificação e a cadeia do atum possui trajetória tecnológica baseada na produtividade. De um modo geral, percebeu-se que cadeias menos tecnológicas acabarão sendo menos institucionais, enquanto cadeias mais institucionais serão o reflexo natural de trajetórias tecnológicas mais complexas.