Prevalência de anticorpos para Neospora caninum em cães das áreas urbana e rural do município de Caxias do sul, Rio Grande do Sul.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brinker, Janine Cristina
Orientador(a): Araujo, Flávio Antônio Pacheco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/48921
Resumo: Pertencente ao filo Apicomplexa, Neospora caninum causa infecções associadas à perda fetal e mortalidade neonatal em várias espécies animais. A doença é descrita desde 1984, quando ocorreram os primeiros casos de encefalite e miosite em cães. Estes desempenham um papel fundamental na epidemiologia do protozoário, pois são seus hospedeiros definitivos, assim como os coiotes e o cão australiano dingo. Devido à sua importância no mundo e às diferenças de prevalência nos diversos estados brasileiros há necessidade de investigar a ocorrência do protozoário em cães no Rio Grande do Sul. Amostras de soro de 313 cães de origem urbana e rural do município de Caxias do sul foram testadas para a presença de anticorpos para N. caninum mediante a reação de imunofluorescência indireta (RIFI≥1:50). Na área urbana a prevalência foi de 2% (5/160) e na rural foi de 12% (36/153) (p < 0,0001). Os títulos sorológicos variaram de zero (86,9%) a 1:6400 (0,64%), sendo 1:50 (5,11%), o mais prevalente dentre os positivos. Nenhum dos cães examinados apresentou sinais clínicos de neosporose durante a coleta de sangue. Dos fatores de risco avaliados, a idade dos cães rurais foi o único significativo (p = 0,0053), com prevalência de 1% (2/34) entre aqueles com menos de um ano de idade e de 22% (34/119) entre os com mais de um ano de idade. Quanto aos fatores gênero, alimentação confinamento, contato com bovino e recolhimento de carcaças, os cães rurais não apresentaram diferença significativa em relação à soropositividade. Nos cães urbanos, os fatores gênero, alimentação e idade não apresentaram diferença significativa em relação à positividade dos animais. Este estudo demonstrou que os cães da área rural de Caxias do Sul estão mais predispostos à infecção por N. caninum, principalmente animais com mais de um ano de idade. Nos cães de área urbana o protozoário também se fez presente no município de Caxias do sul, necessitando maiores estudos nessa população.