Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zorzi, Analisa |
Orientador(a): |
Aragón, Rosane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181863
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Resumo: |
A presente tese tem como objetivo compreender como ocorreu o processo de desenvolvimento da autonomia intelectual das estudantes no Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância de uma Universidade Pública Federal do sul do Brasil. As referências principais utilizadas estão relacionadas, de um lado, aos debates sobre a formação de professores de um modo geral, sobre a formação de professores à distância, e sobre a importância da pesquisa como um instrumento de aproximação entre teoria e prática nesses processos. Por outro lado, para fundamentar a análise foram utilizados os pressupostos teóricos construtivistas de Jean Piaget sobre as relações interindividuais, na perspectiva das trocas intelectuais realizadas no curso, e sobre a abertura de novos possíveis nas trajetórias cognitivas das estudantes. Trata-se, assim, de uma investigação que se insere no âmbito da pesquisa qualitativa na qual os dados se configuram nas produções escritas dos estudantes e das professoras (tutoras e pesquisadora). Além das produções escritas, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com o professor que acompanhou a turma pesquisada no primeiro ano de curso. Para as trocas intelectuais, foram consideradas as postagens de todos os sujeitos (estudantes e professoras tutoras e pesquisadora) que participaram do curso no polo selecionado para a pesquisa. Já para a análise das trajetórias cognitivas, foram selecionadas três (03) estudantes do mesmo polo. A análise das trocas intelectuais evidenciou que houve um processo gradual de desenvolvimento da cooperação no qual alguns elementos construídos foram conservados: a formação do grupo (sistema comum de sinais); as proposições tidas como válidas e valorizadas nos debates, o respeito mútuo e a reciprocidade entre os parceiros. Já as trajetórias cognitivas foram marcadas por um processo de abertura sucessivas de novos possíveis. A análise realizada nos permite afirmar que o desenvolvimento da autonomia intelectual, no processo de formação no curso, esteve relacionado à transformação da noção de pesquisa (objeto e procedimento); a transformação de suas ideias prévias em relação a outras temáticas, e as trocas estabelecidas (leituras, colegas, professores, escola). O desdobramento da perspectiva adotada nessa tese foi que identificamos no processo que à medida em que as estudantes avançaram na abertura de novos possíveis também passaram a coordenar mais elementos a partir do contexto das trocas intelectuais e vice-versa, o que nos faz admitir, que de fato, assim como Piaget já havia elucidado, o sujeito se desenvolve na, a partir e para as relações sociais em que se insere. |