Abandono discente nas aulas de educação física do ensino médio : uma etnografia escolar na rede estadual do meio-oeste catarinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cesaro, Humberto Luís de
Orientador(a): Fraga, Alex Branco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/159121
Resumo: O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, na qual o aprofundamento dos estudos exige a construção de outros conhecimentos na disciplina Educação Física que não apenas aqueles relativos aos saberes corporais. No entanto, a maior parte das aulas é dedicada ao desenvolvimento de atividades práticas em torno do esporte coletivo. Esta tese trata do desinteresse dos alunos e das alunas do Ensino Médio por estas aulas e teve como objetivo compreender o que leva esses/as estudantes a abandonarem as práticas durante esta etapa da escolarização. A partir de uma revisão de literatura do tipo Scoping Review, foi possível perceber que existem lacunas na pesquisa sobre esta temática no campo da Educação Física, pois muitos estudos utilizam metodologias baseadas na aplicação de questionários ou testes padronizados, sem um contato prolongado dos/as pesquisadores com os/as estudantes. Outra característica de muitos destes estudos acerca do Ensino Médio é não contribuírem para qualificar a prática docente. A escolha pela pesquisa de cunho etnográfico teve a intenção de construir um vínculo mais efetivo entre o pesquisador e os/as colaboradores e aprofundar a compreensão sobre as causas que os/as levam a abandonar as atividades práticas. Entre as razões que promovem este abandono discente estão: uma compreensão da Educação Física não como uma disciplina que compõem o currículo da Educação Básica, mas como uma prática sem intencionalidade pedagógica; questões subjetivas, como o desconforto em relação à exposição corporal ou amizades com colegas que não gostam das atividades práticas; a prática curricular dos/as professores/as, fundamentada nos esportes coletivos e a prática pedagógica alicerçada no jogo como estratégia de ensino. O estudo aponta para a necessidade de reestruturar os conteúdos no Ensino Médio, buscando dar maior significado às práticas e ampliando o conhecimento dos/as estudantes a respeito da Cultura Corporal de Movimento em todas as suas dimensões.