Na busca de uma taxa de retirada sustentável : um estudo sobre a aplicação de ALM para a aposentadoria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Lucas de Oliveira
Orientador(a): Perlin, Marcelo Scherer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/251571
Resumo: A situação previdenciária de inúmeros países tem se agravado nas últimas décadas. O principal motivo é a mudança demográfica das populações que estão envelhecendo sem que haja recomposição da população economicamente ativa, em virtude do baixo índice de natalidade de países urbanizados. Atualmente o modelo previdenciário utilizado é o modelo de solidariedade entre gerações, onde o trabalhador contribui para a aposentadoria, sustentando a geração aposentada, assim esperando que em sua vez a próxima geração faça o mesmo. Este estudo busca trazer ferramentas para uma sociedade que demandará, cada vez mais, soluções para planejar suas aposentadorias para depender menos de aposentadorias públicas deficitárias. Com base nisso, este trabalho se propõe, a partir da metodologia de ALM (Asset Liability Management) e programação estocástica, uma adaptação do modelo de Cooley, Hubbard e Walz (1998) para o mercado brasileiro. Cooley, Hubbard e Walz (1998) encontraram taxas de retiradas de até 4% como sustentáveis nos Estados Unidos para portfólios compostos majoritariamente por ativos de renda variável. Para revisão deste estudo, no Brasil, foram utilizadas séries temporais de índices de renda fixa, renda variável e inflacionários, além de carteiras pré-determinadas com composições que variam de um a três índices com ajuste mensal da taxa de retirada para que não haja comprometimento do poder de compra do investidor durante o período de usufruto de sua carteira. Para a estimação dos parâmetros e simulação das séries futuras, foi utilizado o DCC-Garch que é um modelo multivariado que detecta possíveis mudanças nas correlações condicionais dos ativos ao longo do tempo. Os resultados demonstram taxas de retiradas superiores às encontradas em outros países. As carteiras com melhores resultados foram as carteiras compostas majoritariamente por ativos de renda fixa. Portanto, ao contrário de estudos realizados em diversos países, no Brasil os portfólios majoritariamente compostos por ativos de renda fixa se sobressaem sobre os com prevalência de ativos de renda variável.