O jogo discursivo da inclusão : práticas avaliativas de in/exclusão na matemática escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Eidelwein, Monica Pagel
Orientador(a): López Bello, Samuel Edmundo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49408
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar as práticas avaliativas dos professores que ensinam Matemática, na tentativa de entender as regras constitutivas do jogo discursivo da inclusão em funcionamento nessas práticas. Para tanto, realizo uma pesquisa de inspiração foucaultiana, utilizando ferramentas analíticas como norma/normalização, governamentalidade e inclusão e exclusão – in/exclusão. Proponho-me como problema de pesquisa o seguinte questionamento: de que maneira o jogo discursivo da inclusão constitui as práticas avaliativas escolares dos professores que ensinam Matemática? Minha investigação é realizada na Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Novo Hamburgo/Rio Grande do Sul e em uma escola municipal vinculada a ela. De acordo com a representante da Secretaria, a escola apresenta uma proposta de educação inclusiva e tem dificuldades na avaliação em Matemática. No percurso da investigação, examinei documentos da Secretaria que datam de 1988 a 2008, analisando as enunciações e procurando conhecer os saberes do jogo discursivo da inclusão. Direcionei-me também à mencionada escola municipal, onde analisei documentos, realizei entrevista com a equipe diretiva e com cinco professores que ensinam Matemática e observei práticas relacionadas à avaliação – em sala de aula, nos Conselhos de Classe e na sala da coordenação pedagógica. Constituí quatro unidades analíticas: 1) Práticas de individualização e diferenciação; 2) A avaliação como técnica de governo em funcionamento; 3) A avaliação escolar na matemática: quando o aluno não é apenas um sujeito de conhecimento; e 4) A terceirização pedagógica. Nestas, observam-se as regras dos jogos discursivos da inclusão em funcionamento nas práticas avaliativas dos professores que ensinam Matemática. Tais práticas avaliativas, a partir dos jogos discursivos da inclusão, utilizam-se de técnicas disciplinares e mecanismos reguladores que visam a aproximar os sujeitos dos diferentes gradientes de normalidade. Ao incidirem sobre os sujeitos individuais, impactam no gerenciamento da sociedade como um todo, funcionando como forma de governamento da população dentro da racionalidade política de uma época, a racionalidade política neoliberal.