Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dornelles, Alícia Dorneles |
Orientador(a): |
Schwartz, Ida Vanessa Doederlein |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/252566
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Resumo: |
Base teórica: A Doença de Pompe (DP) (ou glicogenose tipo II) é uma glicogenose muscular, causada pela atividade deficiente da alfa glicosidase ácida que leva ao acúmulo de glicogênio dentro dos lisossomos e do citoplasma das células da musculatura lisa, esquelética e cardíaca, danificando o funcionamento celular e destruindo as células, com acometimento neuromuscular progressivo. A prevenção das manifestações clínicas e o tratamento das manifestações já estabelecidas são realizados com a terapia de reposição enzimática (TRE) com maltase ácida recombinante humana (alfa-alglicosidase). Objetivo: Avaliar eficácia e segurança da TRE endovenosa com alfa-alglicosidase para DP. Métodos: Revisão sistemática da literatura com buscas conduzidas nas bases: Clinical Trials, MEDLINE / PubMed, EMBASE e Cochrane Library. A pesquisa foi limitada aos ensaios clínicos publicados até 30 de maio de 2021 para DP Tardia (DPT) (artigo já publicado) e até 25 de abril de 2022 para DP Precoce (DPP). Para a avaliação de eficácia da TRE considerou-se elegíveis: ensaios clínicos randomizados (ECR) comparando alfa-alglicosidase a placebo/história natural da doença. Estudos de intervenção não randomizados poderiam ser considerados na ausência de ECR elegíveis. A revisão sistemática considerou as recomendações do Handbook da Cochrane, e o relato seguiu o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Desfechos primários para DPP foram qualidade de vida (QV), sobrevida, tempo para início de ventilação (TSV), deglutição, segurança, massa de ventrículo esquerdo (VE), função miocárdica [medida por fração de ejeção (FE)], atraso de marcos do desenvolvimento e hipotonia; para DPT: QV, capacidade funcional, sobrevida, horas em ventilação (TOV), força em membros superiores, qualidade do sono e deglutição. Quando aplicável, para cada desfecho, meta-análises para a comparação por pares foram realizadas, considerando o padrão de heterogeneidade presente e utilizando medidas sumárias apropriadas. A certeza da evidência para cada desfecho foi avaliada pelo Grading of Recommendation, Assessment, Development and Evaluation (GRADE). 7 Resultado: Dos 1.722 artigos identificados, 37 foram incluídos (15 artigos avaliavam os desfechos para DPP e 22 para DPT). Os estudos eram heterogêneos e com muito baixa certeza de evidência para a maioria dos resultados. Com relação à DPP, TRE com alfa-alglicosidase apresentou melhora significativa para: massa de VE [média de variação de 131,3 g/m² (intervalo de confiança de 95% [IC95%] 81,02 a 181,59)], TSV [HR 0,21 (IC95% 0,12 a 0,36)] e sobrevivência [HR 0,10 (IC95% 0,05 a 0,19)]. Com relação à DPT, TRE com alfa-alglicosidase apresentou melhora significativa para: distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) [média de variação de 35,7m (IC95% 7,78 a 63,75)], domínio físico da QV por SF-36 [média de variação de 1,96 (IC95% 0,33 a 3,59)] e TOV [média de variação de -2,64 h (IC95% -5,28 a 0,00)]. Os eventos adversos (EAs) após TRE foram leves na maioria dos casos para DPP e DPT. Conclusão: Nossos dados sugerem que TRE com alfa-alglicosidase potencialmente melhora massa de VE, TSV e sobrevida em pacientes com DPP, e melhora TC6M, QV física e TOV em pacientes com DPT, sendo segura em ambas as formas da doença. |