Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bittencourt, Betina |
Orientador(a): |
Piva, Jefferson Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263376
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Resumo: |
OBJETIVO: identificar os fatores associados ao tempo de ventilação mecânica prolongada (VMp), como aquela maior a 48h no pós-operatório no transplante hepático pediátrico (THP). MÉTODO: coorte retrospectiva envolvendo 64 crianças com idade inferior a 18 anos, submetidas ao THP entre os anos de 2016 e 2020 em um centro de referência no sul de Brasil, com permanência mínima na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP) de 48h após o transplante. Foram avaliadas variáveis clínicas e laboratoriais em 6 momentos diferentes (pré-operatório, transoperatório, admissão à UTIP, na 12ª hora de UTIP, na 48ª hora de UTIP e no momento da extubação). RESULTADOS: Cirrose biliar descompensada secundária à atresia biliar ou outras malformações biliares foi a indicação mais frequente THP (48,4%). Em 68,8% dos casos foi utilizado enxerto de doador falecido. A mediana de tempo em VM foi de 28,9 [13,8 – 88,6] horas e quase 32% da amostra necessitaram de VMp. O uso de ventilação não invasiva (VNI) ocorreu em 21,9% dos casos no período pós extubação. Em análise univariada, a VMp foi associada a longos tempos cirúrgicos, o maior uso de derivados sanguíneos, maiores volumes de reposição hídrica transoperatória, níveis elevados persistentes de sódio e cloro séricos no pós-operatório, lactato elevado mantidas até as 48horas e suporte hemodinâmico requerendo altas dose de drogas vasoativas. Em análise multivariável a presença de encefalopatia hepática prévia ao transplante hepático (p= 0,001), cloro sérico imediato elevado (p= 0,010) e escore de drogas vasoativas (VIS) em 48h >25 (p= 0,017) foram fatores independentes associados à VMp no pós-operatório de THP. CONCLUSÃO: O tempo prolongado de VM no período pós-operatório THP se associa à presença de encefalopatia prévia, longos tempos cirúrgicos, uso excessivo de derivados sanguíneos, utilização de altos volumes de reposição hídrica transoperatória, alterações eletrolíticas que se prolongam no pós-operatório, altos valores de lactato mantidas até as 48horas e, necessidades de suporte farmacológico hemodinâmico elevado. |