Estratigafia e proveniência U-Pb de zircão detrítico, Greenstone Belt de Crixás, Goiás - Brasil : rochas siliciclásticas mineralizadas a ouro vs. estéreis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Bruna Fiscuk
Orientador(a): Marques, Juliana Charão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265439
Resumo: O Greenstone Belt de Crixás, localizado em um terreno Arqueano-paleoproterozóico dentro da Província Neoproterozóica do Tocantins, hospeda um importante depósito de Au do Brasil. A estratigrafia é composta por komatiítos e basaltos Arqueanos seguidos de uma sequência sedimentar Paleoproterozóica composta por filitos carbonosos, mármores dolomíticos com lentes de rochas siliciclásticas (Fm. Ribeirão das Antas) seguida de uma grande sequência siliciclástica monótona (Fm. Córrego Geral). A estratigrafia se encontra invertida e metamorfizada nas fácies xisto-verde e anfibolito inferior. Os corpos de minérios são estruturalmente controlados por falhas de empurrão e se hospedam principalmente na sequência sedimentar. A mineralização ocorre associada a sulfeto disseminado, lentes de sulfetos maciços ou veios de quartzo. A Estrutura III é a mais profunda mineralizada, com o Au associado principalmente a veios de quartzo nos filitos carbonosos. As lentes siliciclásticas do intervalo da Estrutura III mostram graus variáveis de Au, enquanto as rochas siliciclásticas da sequência mais profunda, logo após a Estrutura III, são estéreis. A descrição detalhada de perfis litológicos, a petrografia e a geocronologia U-Pb dos zircões detríticos das rochas siliciclásticas foram realizadas para melhor entender a relação entre os dois pacotes metassedimentares, a distribuição do Au e os eventos metamórficos ocorridos. Petrograficamente, não há diferenças relevantes entre as rochas siliciclásticas com teor de Au (Fm. Ribeirão das Antas) e as rochas siliciclásticas estéreis (Fm. Córrego Geral), exceto pela presença de sulfeto nas primeiras. O novo conjunto de dados de U-Pb de zircões detríticos revelou um pico Paleoproterozóico presente em todas as amostras com rara contribuição Arqueana. K-feldspatos, fragmentos líticos angulares, zircões com baixo a médio arredondamento e resultados de U-Pb indicam proveniência Riaciana de uma fonte proximal. Crescimentos metamórficos são encontrados em zircões detríticos do intervalo siliciclástico estéril da Fm. Córrego Geral, fornecendo evidências que um evento neoproterozóico de cerca de 600 Ma afetou as rochas. O rejuvenescimento Neoproterozóico, possivelmente relacionado à integração do arco magmático Mara Rosa no Greenstone Belt de Crixás, é pouco provável ligado à mineralização, já que os zircões mais afetados termicamente por esse evento são os das rochas estéreis. A mineralização de Au está mais provavelmente relacionada ao Paleoproterozóico, que compreende um grande episódio global de formação de Au orogênico.