O debate público sobre a proposta de extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande Do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lincke, Matheus de Castro
Orientador(a): Weber, Maria Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179889
Resumo: Esta dissertação investiga e reconstitui o debate público desencadeado pela proposta de extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, juntamente a outras oito fundações públicas, pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB). Os principais objetivos da pesquisa são descobrir quem são os atores que participam do debate e quais argumentos são mobilizados por estes. Foram trabalhados aspectos teóricos ligados ao meio ambiente, a partir de Leff, Acselrad, Junges e Kolbert, e ao Estado, a partir de Bobbio, Alexandrino e Paulo e Mascaro, abordando as relações que ambos mantém entre si, com o sistema econômico e com a democracia. Quanto à comunicação pública, esta é trabalhada a partir das perspectivas de Weber, Esteves, Gomes e Arendt. A escolha metodológica foi a pesquisa qualitativa de caráter exploratório-documental, adotando-se a pesquisa bibliográfica, a pesquisa históricodescritiva, a pesquisa documental e a análise de conteúdo, segundo Bardin, como métodos de pesquisa Elabora-se uma descrição do objeto de disputa – no caso, a Fundação Zoobotânica – e, a seguir, se explora o debate público sobre a proposta de extinção da FZB, objeto desta pesquisa. Como principais resultados, descobriu-se que o argumento econômico foi predominante no debate, com pouco espaço para os argumentos ambientais. Também foi possível mapear e posicionar os atores, situando de um lado governo Sartori, entidades empresariais e parte da imprensa (jornal Zero Hora); e de outro lado o movimento de apoio à FZB, organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas, deputados de oposição, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e outra parcela da imprensa (jornal Sul21). Por fim, constatou-se que houve debate público sobre a proposta, porém com baixa interação entre as partes conflitantes, com a aprovação do projeto de extinção da FZB sem alterações expressando a impermeabilidade do governo em relação à sociedade civil organizada.