Por uma educação geográfica ao ar livre : o lugar é a nossa sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Paola Gomes
Orientador(a): Castrogiovanni, Antonio Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265601
Resumo: Nossa tese investiga práticas de Educação ao Ar Livre e suas possibilidades para a Educação Geográfica, e o desenvolvimento do pensamento geográfico na educação básica. Apesar do reconhecimento aparente da importância em realizarmos atividades ao ar livre e estarmos mais conectados com a natureza, observamos que práticas que envolvam uma educação formal ao ar livre no Brasil ainda são incipientes, compreendemos que as ideias são aceitas, mas talvez, nos faltem indicativos de trajetos para colocá-las em prática. Para isso o objetivo de nosso trabalho é mostrar diferentes formas de aplicação de Educação ao Ar Livre construindo propostas/possibilidades para e com o ensino de Geografia no Brasil. Os objetivos específicos que conduzem essa construção são: Discutir o conceito de Educação ao Ar Livre, relacionando-o ao ensino da Geografia; Analisar os documentos de orientação curricular da Austrália, país onde essas práticas estão inseridas em um contexto escolar, comparando-o às orientações curriculares brasileiras; Avaliar a influência que as práticas de Educação ao Ar Livre têm no desenvolvimento de habilidades para a compreensão provisória do espaço geográfico; Construir percursos de Ensino de Geografia relacionados à Educação ao Ar Livre que favoreçam a leitura da paisagem, o fortalecimento da relação com o lugar e o desenvolvimento de habilidades espaciais junto aos sujeitos alunos. Em uma aproximação com o método da Complexidade, são operados os princípios Hologramático, Dialógico e a Recursividade. O caminho que para essa investigação incluiu a realização de revisão bibliográfica e o levantamento de pesquisas na área da Educação ao Ar Livre. Para então, realizarmos a análise de propostas curriculares com a presença da Educação ao Ar Livre em suas orientações, realizando um diálogo entre as orientações curriculares do Brasil (Base Nacional Comum Curricular) e da Austrália (Australian Curriculum). No documento australiano está presente uma conexão curricular denominada Outdoor Learning (aprendizagem ao ar livre) com orientações para sua presença em práticas escolares, habilidades mobilizadas e a progressão para todas as etapas da educação básica. Realizamos a análise específica desta conexão curricular e identificamos as habilidades e competências relacionadas ao componente curricular de Geografia (ou da subárea da Geografia dentro das Humanidades e Ciências Sociais nos anos iniciais da proposta), que dialogam com habilidades da Geografia presentes na Base Nacional Comum Curricular. A pesquisa desenvolvida nos permitiu visualizar e planejar uma proposta de percurso para a inserção de Educação Geográfica ao Ar Livre voltada para o Lugar em um contexto de educação formal no Brasil, considerando os anos finais do Ensino Fundamental. O movimento nos instigou o reconhecimento da relevância da busca por trocas com outras propostas curriculares, as potencialidades emergentes da uma Educação Geográfica ao Ar Livre, e a importância de oportunizar a ampliação das experiências espaciais dos estudantes.