Análise da distribuição espacial da fenologia de vegetação, precipitação e evapotranspiração, com base em imagens de sensoriamento remoto orbital em Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Diogo, Anacleto Marito
Orientador(a): Freitas, Marcos Wellausen Dias de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217460
Resumo: Neste estudo foi analisado o comportamento da distribuição espacial da fenologia de vegetação de Angola com base em dados de um período de 18 anos (janeiro de 2001 a dezembro de 2018) do sensor MODIS (EVI e evapotranspiração) e de precipitação CHIRPS. Realizou-se a classificação em dois níveis, o primeiro sendo definido como nível de fitofisionomia (N1) e o segundo, como nível de cobertura e uso da terra (N2). Sobre essas classificações analisou-se as métricas de vegetação EVI, estações chuvosas e as estações de Evapotranspiração normalizada (ETn), e as suas distribuições locais pormeio de parâmetros estatísticos zonais. As séries temporais foram processadas no software TIMESAT para extrair as seguintes métricas fenológicas: início, fim e comprimento(EVI, precipitação e ETn), taxas de aumento do EVI (rebrota) e diminuição do EVI (senescência), respectivamente, no início do período de crescimento da vegetação (derivada à esquerda) e no fim do período de crescimento da vegetação (derivada à direita). Os resultados permitiram evidenciar as adaptações da vegetação relacionadas à sazonalidade, sua relação com a precipitação, evapotranspiração e como estão distribuídas por localidades de tipos de cobertura vegetal ou biomas. Observou-se grande heterogeneidade na representação das métricas fenológicas, pois a vegetação de Angola apresenta elevada diversidade em termos de estrutura, além de apresentar forte influência das estações chuvosas e de ETn. Essas características refletem-se em acentuadas diferenças em termos de densidade, área das localidades das coberturas vegetal, sua distribuição espacial dentre outros parâmetros. As métricas fenológicas de vegetação permitiram caracterizar asvegetaçõesnaturais e antrópicas de Angola. As áreas representadas por vegetação natural (entre florestas, savanas e formações de estepes) apresentaram maiores áreasse comparadas comas restantes classes como solo exposto, água e deserto no nível N1. No nível N2, o comportamento é similar, sendo as classes dunas arenosas, corpos d ́água e agricultura também representaram as menores porções de área. As estaçõeschuvosas e de ETn, indicaram influência na duração da estação do crescimento da vegetação, por apresentarem uma alta variabilidade temporal e espacial. As distribuições das métricas encontradas nesse estudo estão relacionadas às características naturais eadaptativas ao ambiente das classes N2 e em cada classe em N1 presente na área de estudo. No caso das classes de vegetação natural em N2, as métricas também apresentaram elevada heterogeneidade em seus valores de EVI, e seguiram também comportamento semelhante nas estações chuvosas e de ETn.