Literatura [infantil] negra? sobre narrar e produzir histórias, mundos e experiências do quilombo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lehmkuhl, Luana de Oliveira
Orientador(a): Marcello, Fabiana de Amorim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265354
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar obras literárias infantis afro-brasileiras cujo contexto seja o quilombo, como uma forma de identificar aspectos concernentes à infância quilombola nessas produções. Para tanto, delimitamos inicialmente o que compreendemos como pertinente e singular para a infância quilombola, partindo da compreensão dos próprios valores civilizatórios afro-brasileiros (TRINDADE, 2006). Versamos na sequência sobre a dimensão da territorialidade, seguida pela ancestralidade, oralidade e memória, e por fim trazemos alguns aspectos referentes a religiosidade, corporeidade e musicalidade. Nos valemos dos quilombos editoriais, isto é, editoras que veiculam exclusivamente literatura afro-brasileira, e destas selecionamos três editoras, sendo elas: Aziza Editora, Editora Malê Mirim e Editora Nandyala. O conjunto de livros selecionados é de um total de sete livros, que são: “Pedras, pedrinhas e pedregulhos” e “Kabu e Ketula”, ambos escritos por Pituka Nirobe e ilustrados por Levi Cintra, publicados em 2017 pela editora Nandyala; “Bucala – a pequena princesa do Quilombo Cabula”, escrito por Davi Nunes e ilustrado por Daniel Santana, que foi publicado em 2019 pela editora Malê Mirim; e, por fim, a coleção “Griôs da Tapera”, que é composta pelos livros: “Dona Sebastiana e como tudo começou”, “Tapera encantada”, “As pedras da Tapera” e “Como proteger as crianças e fazê-las crescerem fortes”, escritos por Sinara Rúbia, ilustrados por Renato Cafuzo, e publicados em 2019 pela Aziza editora. Como parte dos eixos analíticos, elegemos os valores civilizatórios, especialmente os valores da corporeidade, Axé, religiosidade, musicalidade, ancestralidade, oralidade e memória. Dentre as análises, depreendemos que de diferentes formas tais valores se apresentam nos livros, entretanto, mesmo sendo de diferentes modos, tais conceitos operam constantemente nos livros, sendo conteúdo, mas também forma que dá o tom às narrativas.