Liberalização financeira externa e sua trajetória institucional : uma análise pós-keynesiana institucionalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Vinicius Borba da
Orientador(a): Conceição, Octavio Augusto Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216020
Resumo: A liberalização financeira externa foi tida durante décadas como um objetivo a ser alcançado não só pelos países desenvolvidos, mas também para os países emergentes. No entanto, dadas as características do sistema monetário internacional, principalmente após o abandono do acordo de Bretton Woods, a busca por esse objetivo levou à diversas crises especulativas além do aumento do contágio às crises financeiras. Esses acontecimentos fizeram com que países emergentes e organismos internacionais repensassem sua trajetória de integração financeira. Essa tese analisa a trajetória institucional da liberalização financeira externa, tanto pelo Fundo Monetário Internacional, quanto pelos agentes envolvidos, através da abordagem institucional de reconstitutive downward causation associada à teoria pós-keynesiana. Conclui-se que o seu desenvolvimento foi bidirecional, entre as instituições e os agentes econômicos. Os agentes, através de suas crenças e hábitos, constituíram um Sistema Monetário Internacional instável, mas também, a ocorrência de crises e instabilidades geraram coalizões de países emergentes que resultaram na mudança de visão do FMI sobre o uso de restrições à movimentação dos fluxos internacionais. Além disso, realiza-se um exercício empírico, com dados em painel, que observa a relação negativa entre a estabilidade cambial, um dos objetivos dos países que impõem controles de capitais, e os índices de liberalização financeira, corroborando com a defesa pelo uso de restrições à livre movimentação de recursos, principalmente especulativos.