Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Zevieski, Aline de Mello |
Orientador(a): |
Soares, Geraldo Luiz Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212903
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Resumo: |
Trichocline macrocephala, o cravo-vermelho-do-campo, pertence à tribo Mutiseae, família Asteraceae, é utilizada popularmente como medicinal no sul do Brasil e está na Lista das Plantas Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul. Ocorre em campos limpos e sujos, rochosos ou arenosos, bordas de florestas e até mesmo em áreas antropizadas com solo exposto, em beiras de estradas. Não se conhece estudos morfológicos com esta espécie, até o momento. O objetivo deste trabalho foi estudar a micromorfologia e histoquímica foliar de quatro populações de Trichocline macrocephala, empregando técnicas usuais de anatomia vegetal. Foram coletadas folhas em duas populações localizadas no município de Jaquirana (Firma Tainhas e Faxinal dos Pelúcios), e em duas outras no município de Viamão (Autódromo e Fepagro), inseridos no Bioma Mata Atlântica e Pampa, respectivamente, ambos no Rio Grande do Sul. Foram medidas a espessura do mesofilo, da cutícula na face adaxial, da epiderme nas faces abaxial e adaxial, do parênquima paliçádico, do parênquima esponjoso. Para a análise histoquímica, folhas de cinco indivíduos de cada população foram submetidas aos seguintes testes: azul de bromofenol para detecção de proteínas, reagente de Lugol para amido, cloreto férrico para derivados fenólicos, Sudan red B para derivados lipídicos, reagente de Dragendorff para alcalóides, alfa-naftolparafenileno diamina (NADI) para terpenóides, floroglucina em meio ácido para lignina e dimetilaminocinamaldeído (DMACA) para flavonóides. As análises morfológicas e anatômicas mostraram que não houve diferença estatística entre as duas populações localizadas no município de Jaquirana. Em relação à descrição anatômica, encontraram se folhas anfiestomáticas, com estômatos do tipo anomocíticos na face adaxial, no mesmo nível das células epidérmicas, mesofilo dorsiventral, nervura central com feixe colateral e colênquima lamelar e lacunar. Diferenças estatísticas foram encontradas nas análises realizadas na espessura da cutícula, da epiderme adaxial, do parênquima esponjoso e também na largura e no comprimento foliar entre as populações de Jaquirana e Viamão. A análise histoquímica evidenciou que não houve diferença qualitativa entre as populações, entretanto, detectaram-se alcaloides no parênquima paliçádico e esponjoso em todas as populações. Este é um resultado inédito, uma vez que até o momento, não há registro na literatura sobre a ocorrência destes compostos para a tribo Mutisiae. As análises micromorfológicas permitiram detectar diferenças entre as populações e a análise histoquímica apontou a ocorrência de alcaloides nos exemplares das populações estudas nos dois municípios. |