Nanopartículas contendo isotretinoína : preparação, caracterização físico-química, estudo de estabilidade e avaliação da penetração cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Felippi, Cândice Caroline
Orientador(a): Dalla Costa, Teresa Cristina Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194107
Resumo: O desenvolvimento tecnológico de novas formas farmacêuticas tem sido a estratégia mais promissora para modular a penetração de fármacos através da pele. A nanoencapsulação apresenta características vantajosas como aumento do índice terapêutico e diminuição de efeitos colaterais, assim como melhora da estabilidade. A isotretinoína (ISO) é utilizada para o tratamento tópico da acne e apresenta efeitos indesejados como irritação cutânea, eritema e descamação. O objetivo desse trabalho foi estudar a estabilidade de suspensões de nanocápsulas contendo isotretinoína e avaliar sua penetração cutânea quando incorporadas em gel hidrofílico, através da técnica de tape stripping em voluntários sadios. As nanocápsulas preparadas com poli(ε- caprolactona), por deposição de polímero pré-formado, apresentaram diâmetros médios entre 231 e 285 nm e baixos valores de polidispersão (< 0,3), que foram confirmados por microscopia eletrônica de transmissão, potencial zeta entre -7 e -9 mV e pH entre 4,4 e 6,3. O teor de ISO e a taxa de associação foram de aproximadamente 100 % para as nanocápsulas após o preparo. O estudo de estabilidade indicou que no período de 60 dias somente as nanocápsulas contendo BHT foram capazes de manter o conteúdo de ISO (0,5 mg/mL). A estabilidade frente à irradiação UVA mostrou a capacidade das nanocápsulas com BHT em proteger a ISO. A modelagem do perfil de degradação sugeriu que a ISO não se encontra inteiramente no interior da partícula, sendo que cerca de 50 % deve estar adsorvida na superfície externa nas nanopartículas. As suspensões de nanocápsulas de ISO foram incorporadas em hidrogéis de hidroxietilcelulose e apresentaram comportamento reológico pseudoplástico. A avaliação da alergenicidade dos géis mostrou que as nanocápsulas de ISO não produzem alergia. A avaliação da penetração cutânea através da técnica de tape stripping mostrou a capacidade das nanocápsulas em permear mais rapidamente o estrato córneo do que sua forma livre, nos primeiros minutos após aplicação. Em conclusão, os resultados indicam que a ISO nanoencapsulada é um sistema promissor para aplicação cutânea e capaz de melhorar a proteção do fármaco frente à luz.