Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Cleverson Moraes de |
Orientador(a): |
Guma, Fátima Theresinha Costa Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219151
|
Resumo: |
A fibrose e/ou a cirrose hepática são doenças crônicas do fígado e representam uma das maiores causas de mortalidade humana. As células estreladas hepáticas (HSC) são protagonistas desse processo e estão associadas ao desenvolvimento da fibrose que, em último estágio, acarreta em cirrose. No fígado saudável, estas células apresentam um fenótipo quiescente ou lipocítico, caracterizado pela sua capacidade de armazenar gotas lipídicas. Entretanto, danos contínuos ao fígado desencadeiam uma resposta que gera estímulos autócrinos e parácrinos mediados por citocinas e espécies reativas de oxigênio. Este quadro induz uma modulação das HSC ao fenótipo ativado ou miofibroblastóide, caracterizado pelo aumento da capacidade de produzir componentes de matriz extracelular, cuja deposição exagerada configura o estado patológico da fibrose. A fitoalexina Resveratrol (3,5,4'-tetrahidroxistilbeno; RSV) tem sido relacionada a inúmeros efeitos benéficos à saúde por suas atividades de citoproteção e quimioprevenção. Há evidencias que suas propriedades que podem ser benéficas no tratamento da fibrose hepática. Nesta tese, avaliamos os efeitos do RSV em alguns marcadores de ativação em células da linhagem GRX. Na sequência, exploramos, por meio de recursos integrados de bioinformática e da utilização de bancos de dados públicos, as possíveis proteínas alvo do RSV e seus papéis potenciais na modulação fenotípica de HSC. Por fim, com ferramentas de bioinformática buscamos identificar variações na expressão genica e rotas metabólicas que atuam na transdiferenciação das HSC. Nossos resultados demonstram que o tratamento com 50 μM de RSV por 24 horas aumentou o conteúdo dessas proteínas relacionadas à ativação. Além disso, o RSV não alterou a morfologia semelhante a miofibroblastos de GRX. Curiosamente, o RSV a 10 e 50 μM diminuiu a migração de GRX e a contração do gel de colágeno I. Mostramos que o RSV desencadeou o aumento do conteúdo de TNF-α e IL-10 nos meios de cultura de GRX, enquanto o contrário ocorreu para o conteúdo de IL-6. A maioria dos genes alvos do RSV estão associados a várias vias celulares como: Via de transcrição genérica, Transcrição de RNA polimerase II, Interleucina-4 e Interleucina-13. Ainda, foram identificados 26 DTPs (Direct Target Proteins) no banco de dados DRUGBANK. Em seguida, a rede de interação proteína-proteína (PPI) e as vias Reactome foram analisadas. Da mesma forma, foram buscados artigos científicos sobre os genes-alvo do RSV na base de dados PUBMED. Foram encontrados 26 DTPs de RSV. Descobrimos que apenas 7 DTPs já foram associados a estudos no banco de dados PUBMED. Bem como, na análise de expressão diferencial foram encontrados 411 genes sendo 155 superexpressos e 256 subexpressos. Em resumo, nossos resultados sugerem que o RSV não diminuiu o estado de ativação da GRX; ao contrário, desencadeou um efeito de pró-ativação. Na sequência por meio de recursos integrados de bioinformática e da utilização de bancos de dados públicos, analisamos as possíveis proteínas alvo do RSV e seus papéis potenciais na modulação fenotípica de HSC. Também, os principais genes regulados positivamente foram descritos na literatura como estando envolvidos na ativação de HSC ou no desenvolvimento de fibrose hepática. |