Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barriviera, Giovanna de Neiva |
Orientador(a): |
Vizentini, Paulo Gilberto Fagundes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197587
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Resumo: |
A França construiu um tipo particular de relacionamento com o continente africano, sendo a ex-metrópole europeia que mais se envolveu em conflitos e em assuntos africanos após a independência de suas colônias. A construção e longevidade deste relacionamento se deve a múltiplos fatores que vão desde a crença do pertencimento do seu espaço colonial a uma Grande República Francesa, assimilação de elites, um processo de independência desenhado e conduzido para a manutenção da influência francesa na região, valores nacionais com a grandeur, a francofonia e o rayonnement e uma particular visão do sistema internacional e do papel francês no sistema internacional. No entanto, o fim do conflito bipolar e as transformações do sistema internacional pós-Guerra Fria causaram mudanças profundas no sistema internacional e trouxeram desafios a manutenção da tradicional política africana da França, demandando revisões e alterações desta política. Assim, esta análise busca responder o questionamento de como as transformações do sistema internacional durante o início do século XXI impactaram na política externa francesa para a África durante os governos de Nicolas Sarkozy e François Hollande?. Para tal objetivo, me proponho 1) a investigar a construção da política africana da França em perspectiva histórica, identificando os principais aspectos que levaram a construção desta política; 2) mapear as transformações do sistema internacional do início do século XXI que desafiam esta política francesa e 3) analisar como esta política foi conduzida durante os governos de Nicolas Sarkozy e François Hollande. Como ponto estruturador, utilizo a abordagem estratégico-relacional e construo a pesquisa de acordo com protocolos metodológicos qualitativos. Portanto, a hipótese de trabalho que orientou esta pesquisa é que a conjuntura do sistema internacional do pós Guerra Fria possibilitou a emergência de competição, em especial norte-americana e chinesa, ao poder francês no continente africano. Isto, aliado às transformações endógenas ocorridas no continente africano e o aprofundamento da integração europeia, transformaram o ambiente operacional em que foi inicialmente desenhada a política africana da França, evidenciando, assim, a necessidade de revisão e modernização desta política para se adequar à este novo ambiente internacional que já não comporta a tradicional política africana da França traçada durante os primeiro anos da Quinta República. |