Desfechos perinatais em recém-nascidos com diagnóstico de restrição de crescimento fetal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dias, Marcela Godoy
Orientador(a): Magalhães, Jose Antonio de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212628
Resumo: Introdução: Diminuição da mortalidade neonatal é o principal objetivo do acompanhamento pré-natal. Umas das principais complicações da gestação é a restrição de crescimento fetal (RCF), atingindo cerca de 10% das gestações, associada a insuficiência placentária e desfechos perinatais desfavoráveis. Seu manejo pode ser difícil, devido heterogeneidade clínica e diversas propostas presentes na literatura para seguimento e conduta. Objetivo: Investigar os desfechos perinatais de recém-nascidos com diagnóstico, prévio ao nascimento, de RCF – considerado como crescimento fetal abaixo do percentil 10, bem como os fatores associados a internação em unidade de tratamento intensivo (UTI). Verificar a associação entre alterações da dopplervelocimetria obstétrica e morbimortalidade neonatal. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, de recém-nascidos PIG com diagnóstico prévio ao parto de RCF, entre 24 e 41 semanas, que tenham realizado pelo menos uma ultrassonografia obstétrica no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de junho de 2016 a maio de 2019. Casos de gestação múltipla, polidrâmnio, infecção congênita, alterações estruturais e cromossômicas foram excluídos. Resultados: Foram identificados 178 recém-nascidos PIG com avaliação fetal de Doppler entre 22 e 41 semanas. A taxa geral de admissão na UTI neonatal foi de 56,7%. As indicações mais comuns para admissão foram complicações respiratórias e prematuridade (45,5%). Houveram 14 (7,9%) óbitos neonatais. As alterações no Doppler com correlação significativa (p ≤ 0,0001) à admissão em UTI neonatal foram IP das AU e AUmb acima do percentil 95, alteração do ducto venoso (IP acima do percentil 95, onda “A” ausente ou reversa) e RCP menor que o percentil 5. A admissão na UTI neonatal está correlacionada à idade gestacional menor que 37 semanas e ao desconforto respiratório, mais frequente em nosso estudo, responsável por mais de 80% das internações. Conclusão: Os recém-nascidos PIGs com alterações no Doppler ou / e parto pré-termo têm mais chance de admissão na UTI neonatal. Apesar dos avanços substanciais nos cuidados neonatais, muitas questões permanecem ainda não resolvidas em relação às principais decisões para o manejo ideal de gestações complicadas por peso fetal estimado abaixo do percentil 10.