Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bordignon, Marcelo de Oliveira |
Orientador(a): |
Corona, Marilice Villeroy |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/237407
|
Resumo: |
Esta pesquisa é uma investigação em pintura através da representação de imagens noturnas no limiar da visão obtidas pela mediação de dispositivos ópticos. Essas imagens revelam tanto qualidades da luz como da obscuridade nos seus respectivos suportes, assim como questões relacionadas à percepção no período noturno. O arquivo fotográfco vinculado à minha produção pictórica apresenta-se como um potente espaço de pensamento. Revisitá-lo com um olhar renovado pelos novos desafos que a prática em pintura apresenta revela elementos nas fotografas que passaram despercebidos no passado. Também surge como espaço para compreensão de tendências transitórias ou persistentes dentro de um processo de construção do olhar sobre a noite, a luz e a escuridão. O assunto será tratado com aporte de escritos de André Rouillé, Mark Tansey, Lúcia Santaella e Aaron Scharf, entre outros. O noturno como motivo representacional trará questões relacionadas à baixa visibilidade e as transformações espaciais decorrentes dela, em conjunto com seus valores simbólicos associados ao noturno. A passagem da visão fotópica para a escotópica acarretará uma mudança perceptiva das cores e demandará uma outra temporalidade para a apreensão visual. Desenvolverei o assunto através da análise de obras de artistas como J. M. Whistler, Van Gogh, Cia de Foto, Caravaggio, Cássio Vasconcellos e Oswaldo Goeldi, além da ajuda de teóricos como Hélène Valance, Niura Ribeiro, Michel Pastoureau, Israel Pedrosa e Rafael Argullol. A difculdade da nossa relação visual com a realidade em ambientes escuros coloca em evidência os limites das capacidades do aparato ocular humano, como aponta Didi-Huberman. Essas fronteiras da invisibilidade, que os limiares da visão evocam, colocam em questão a própria estrutura dos aparatos visuais ao evidenciar seus limites. Na minha pintura estarão associados às bordas do quadro e os seus limites visuais que refetirão na espacialidade, à fguração e seus processos de desfguração, e aos aparatos ópticos que expandem a capacidade visual do olho humano como a captação de imagens em infravermelho. Trarei para discutir essas questões artistas como Edward Hopper, Lizângela Torres, J. Vermeer, Célia Euvaldo, Rodrigo Andrade e Kohei Yoshiyuki, assim como escritos de Victor Stoichita, Hans Belting, Teresa Poester, Alberto Tassinari e Lorenzo Mammì. |