Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Gallon, Shalimar |
Orientador(a): |
Antunes, Elaine di Diego |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131342
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Resumo: |
A expatriação é um processo corrente na condução dos negócios internacionais, auxiliando na interface e no alinhamento de políticas e práticas da Gestão de Recursos Humanos (GRH) com a estratégia empresarial, tendo, pois, importância na sua expansão global. A principal contribuição do presente estudo é explorar o processo de expatriação na perspectiva estratégica, destacando a importância de seu planejamento, a fim de contribuir para a consecução dos objetivos globais da organização. Defende-se que a internacionalização de uma empresa requer a presença de expatriados, sobretudo no início deste processo; estando a expatriação, portanto, relacionada com a maturidade da internacionalização da organização. Objetiva-se, portanto, analisar a influência da expatriação na estratégia de internacionalização de empresas portuguesas e brasileiras, por meio de um estudo de casos múltiplos. Ela se constitui em estudo qualitativo, no qual a coleta de dados ocorreu por meio de um roteiro semiestruturado, contemplando 30 entrevistas. Na análise de dados, foi utilizado o software Max-Qda (2007) para auxiliar a organização das categorias de análise, baseada na técnica de análise de conteúdo. As entrevistas e o referencial teórico foram a base para entender o desenvolvimento da GRH, possibilitando discorrer sobre cada etapa de amadurecimento da GRH, bem como identificar as principais políticas e práticas que fazem parte do processo de expatriação, o que também foi mapeado na concepção de três etapas relacionadas. Verificouse existirem diferenças no amadurecimento internacional e na gestão de expatriados das duas empresas investigadas, em função dos objetivos propostos para esse processo, sendo possível afirmar que, de modo geral, as empresas portuguesas pesquisadas estão mais internacionalizadas que as brasileiras estudadas. A empresa portuguesa Plástico entende que a expatriação já está incorporada em seu cotidiano, não sendo um processo glamouroso, fato presente na empresa brasileira Elétrica, na qual os expatriados são tratados como pessoas ‘escolhidas’ para representá-la. As configurações de empregados levantados no contexto internacional foram de temporário, expatriado, repatriado e impatriado, na empresa brasileira; e temporários/ equipe de apoio, expatriado e cidadão do mundo, na empresa portuguesa. Em ambas as empresas, a expatriação está atrelada ao amadurecimento internacional, mesmo que seja no início da internacionalização. Conforme houve o amadurecimento internacional da empresa portuguesa, os expatriados assumiram a configuração de expatriado permanente e de equipe de apoio, pois são expatriados prontos para iniciar uma operação de uma nova unidade. Para a empresa brasileira, o amadurecimento internacional ocorreu no aprendizado dos repatriados (de melhorar as políticas e práticas para reter esses empregados) e de receber impatriados. Em relação à internacionalização, a empresa Plástico tem uma perspectiva global com uma perspectiva metanacional, enquanto a empresa Elétrica apresenta uma estrutura de multinacional, almejando ser uma corporação global, com algumas áreas estruturadas globalmente. A expatriação tem caráter dinâmico, inclusive pela movimentação internacional que muda rapidamente, influenciando as empresas de maneira tão fluída que, por vezes, nem as próprias empresas percebem as próprias mudanças. A quantidade de expatriação, no conceito corrente – empregado enviado por uma empresa para viver e trabalhar em outro país por dois ou mais anos (CALIGIURI, 2000) –, diminui conforme a empresa amadurece internacionalmente. A literatura existente sobre esse tema é limitada e não contempla a dinamicidade do processo. No atual cenário global, aumenta o número de pessoas que nascem em determinado país e são criadas e alfabetizadas em outro, configurando uma nova geração de empregados: aqueles que já são formados por diversas culturas e não pertencem a um único país ou a uma única cultura; são cidadãos do mundo, antes mesmo de entrarem nas organizações, cabendo, pois, a essas organizações repensarem a concepção de expatriado. |