Avaliação da toxicidade subcrônica de imidaclopridoem ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tonietto, Bruna Ducatti
Orientador(a): Arbo, Marcelo Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233406
Resumo: Até a década de 90, as principais classes de agrotóxicos comercializados eram carbamatos, organofosforados e piretróides, porém diversos organismos vinham tornando-se resistentes aos mesmos, então foi necessário o desenvolvimento de uma nova classe. Portanto, em 1991, foi lançado o imidacloprido (IMI), o primeiro inseticida neonicotinoide. O IMI é amplamente utilizado para proteção de culturas contra pragas, tem uso residencial em jardins e aplicações veterinárias para controle de doenças em animais. O mecanismo de ação do IMI é o agonismo de receptores nicotínicos pós-sinápticos de acetilcolina (nAChRs), sendo 565 vezes mais específico para nAChRs de insetos, embora haja relatos de toxicidade em mamíferos e outras espécies. Os estudos sobre a neurotoxicidade e toxicidade sistêmica de IMI não são conclusivos, portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos tóxicos subcrônico de uma formulação comercial a base de IMI em ratos. Ratos Wistar machos adultos foram divididos em 4 grupos, o grupo controle recebeu água e os grupos tratados receberam suspensão do inseticida MUCH® (Albaugh Agro Brasil Ltda) em água nas concentrações de 1,5; 5 e 15 mg/kg. O tratamento foi administrado por via oral e teve duração de 45 dias. A toxicidade comportamental foi avaliada em testes de coordenação e atividade motora, memória, atenção e aprendizado. A toxicidade sistêmica foi avaliada por meio de análises hematológicas, bioquímicas e de estresse oxidativo. Os resultados apontam para prejuízos comportamentais por aumento no rearing, no tempo dispendido na periferia no teste de atividade locomotora e diminuição no tempo para completar a tarefa do OX Maze (p<0,05; ANOVA/Bonferroni). Além disso, foi observada uma diminuição na hemoglobina corpuscular média e na concentração de hemoglobina corpuscular média (p<0,05; ANOVA/Bonferroni) e aumento na atividade da butirilcolinesterase sérica (p<0,001; ANOVA/Bonferroni). Assim, observamos que a administração subcrônica do agrotóxico MUCH®, contendo IMI na sua composição, causa alterações comportamentais e sistêmicas. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos de neurotoxicidade e possíveis danos em órgãos como baço, coração, fígado e rins.