Disfunções executivas no envelhecimento cognitivo : investigações com os instrumentos Tarefa do Jogo e Teste Wisconsin de Classificação de Cartas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Wagner, Gabriela Peretti
Orientador(a): Pimenta, Maria Alice de Mattos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/11247
Resumo: Esta dissertação consiste em dois estudos que têm por objetivo investigar a existência de disfunções executivas no envelhecimento. Estudos recentes sugerem a existência de disfunções executivas no Declínio Cognitivo Leve (DCL). O objetivo do Estudo 1 foi verificar a presença de disfunções executivas em pacientes com DCL. Os instrumentos utilizados foram o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST) e a Iowa Gambling Test (IGT). Foram estudados dez pacientes com e 27 sem DCL. Os dados foram analisados através do teste t de Student para amostras independentes e da análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. Os resultados não evidenciaram diferença significativa entre os grupos nos índices de resposta do WCST e no número de cartas retiradas de cada baralho no IGT. O estudo da evolução do desempenho no IGT revelou diferença qualitativa entre os grupos. Idosos sem DCL aprendem ao longo da tarefa, enquanto idosos com DCL não o fazem, sugerindo uma interferência dos sistemas de memória na tomada de decisão. O Iowa Gambling Test tem sido um instrumento utilizado na avaliação da tomada de decisão. O objetivo do Estudo 2 foi investigar se alterações nos procedimentos de aplicação do instrumento interferem no desempenho durante a execução do teste. Foi realizado um estudo transversal comparando dois grupos de idosos saudáveis em duas variações do instrumento. O grupo I contou com 27 participantes, que executaram a tarefa sem pista de reforço visual. O grupo II foi composto por 17 participantes, submetidos à tarefa com pista. Os dados foram analisados através dos testes t de Student para amostras independentes e ANOVA para medidas repetidas. Houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos na execução do teste em relação à aversão ao risco (F=2,466; p=0,05; df=2). Os resultados indicam que uma pista de reforço visual possibilita maior alocação de recursos atencionais e de memória de trabalho, permitindo que os idosos tomem decisões menos arriscadas.