Tratamento cirúrgico das bronquiectasias que não-fibrose cística em pacientes pediátricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Melo, Iury Andrade
Orientador(a): Andrade, Cristiano Feijó
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/31893
Resumo: tratamento cirúrgico da bronquiectasia, assim como as indicações para a cirurgia e resultados obtidos em um centro de referência em cirurgia torácica pediátrica. Métodos: Entre janeiro de 1998 e dezembro de 2009 analisamos retrospectivamente prontuários de pacientes com bronquiectasia submetidos a tratamento cirúrgico. Critérios de exclusão foram idade maior que 16 anos e dados clínicos incompletos, assim como pacientes com bronquiectasia relacionada a fibrose cística. Estes dados foram posteriormente analisados quanto a incidência pós operatória de complicações e resultados na melhora dos sintomas clínicos a longo prazo. Resultados: Dos 109 de pacientes submetidos a ressecção pulmonar, a idade média foi de 7,6 anos (variou de 1 a 15,5) com predominância do sexo masculino (58,5%). Os locais mais acometidos foram lobo inferior esquerdo (59%) seguido pelo lobo inferior direito (31,7%) e lobo médio (28%), com 56 pacientes com doença identificada exclusivamente em um único lobo ou segmento pulmonar. O raio-x e a tomografia computadorizada de tórax evidenciaram doença unilateral em 67% e 33% dos pacientes, respectivamente. Todos os pacientes foram submetidos a ressecção por toracotomia, sendo os procedimentos isolados mais realizados a segmentectomia (43%), lobectomia inferior esquerda (38%) e a lobectomia média (24%). Identificamos complicações pós-opertórias em 36% dos procedimentos, sendo as mais comuns atelectasia (26%), escape aéreo (6%) e dor pós operatória (4%), com apenas 1 óbito após 30 dias e em nova cirurgia não relacionada a bronquiectasia. Oitenta e três crianças foram acompanhadas ambulatorialmente após a alta hospitalar, com um tempo médio de seguimento de 667 dias. Sessenta e cinco (76%) dos pacientes apresentaram melhora de sintomas clínicos em relação aos sintomas pré-operatórios. Conclusão: A ressecção pulmonar para tratamento da bronquiectasia em crianças é um procedimento seguro, e com pequena morbidade e mortalidade, e que resulta em melhora dos sintomas e da qualidade de vida dos pacientes operados.