Europa enquanto condicionante da política externa e de segurança da Rússia : o papel da defesa antimíssil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Piccolli, Larlecianne
Orientador(a): Martins, José Miguel Quedi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70019
Resumo: Este trabalho se propôs a efetuar uma análise estratégica do peso da Europa como condicionante da Política Externa e de Segurança (PES) da Rússia, com ênfase ao papel cumprido pelo escudo antimíssil (NMD na Europa). Para tanto, procurou-se resenhar de forma muito breve as relações da Rússia com a Europa no pós Guerra Fria: a guerra do Kosovo (1999), a guerra da Geórgia (2008) e situação da Ucrânia e Mar Negro (2011). Por sua vez os projetos de cooperação entre os países da Europa e a Rússia são examinados com mais vagar. E, por outro lado, analisa-se o escudo antimíssil no seu estágio atual e o cronograma de sua implementação nos termos anunciados em 2012. Constatou-se que de fato a Europa exerce peso considerável na elaboração da política externa russa como um todo, que o aspecto crítico da relação com a Europa é a defesa antimíssil, que o principal ponto de cooperação para além de infraestrutura energética é o centro de inovação e tecnologia de Skolkovo. Conclui-se que no pós Guerra Fria são seguidas as linhas gerais da política externa da Rússia pré-revolucionária e da URSS, o que é descrito como o marco Defensivo-Reativo-Utilitário (DRU). Além disso, que a principal prioridade da PES da Rússia é sua manutenção enquanto grande potência (daí a importância de reter capacidade nuclear de segundo ataque); priorizar os fóruns multilaterais e empenhar-se na construção de um equilíbrio multipolar. Estas constatações serviram para convalidar a percepção acerca do papel da Europa como condicionante da política externa russa: seja para manter-se enquanto grande potência, para ter peso as decisões dos fóruns multilaterais ou ainda para consolidação da multipolaridade, importa para a Rússia uma Europa livre de ingerências extracontinentais.