Efeito da dieta DASH e uso de pedômetros/acelerômetros em pacientes com diabetes tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Vanessa Lopes Preto de
Orientador(a): Viana, Luciana Verçoza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254428
Resumo: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica prevalente, principalmente em idosos, elevando o risco cardiovascular dos mesmos, especialmente quando associada à hipertensão arterial sistêmica (HAS). A base do tratamento tanto do DM2 quanto da HAS é a mudança do estilo de vida através do exercício físico e da dieta alimentar. Uma das dietas estudas para o manejo da HAS e DM2 é a dieta DASH, que enfatiza o consumo de vegetais, frutas e laticínios com baixo teor de gordura, grãos e cereais e a redução do consumo de sal, gordura saturada, carne vermelha, doces e bebidas contendo açúcar. A DASH parece ser uma das dietas que mais se assemelha aos hábitos alimentares brasileiros que têm como principais representantes o arroz e o feijão. Um grande desafio para os pacientes com DM2, especialmente os que já possuem complicações micro e macrovasculares e idade avançada, é a prática de exercícios. Uma forma de estimular o exercício é através do uso de pedômetros ou acelerômetros. No entanto, ainda não está claro se em pacientes com DM2, a dieta DASH isoladamente é tão eficiente em reduzir níveis pressóricos e metabólicos quanto em associação com a atividade física nem se o efeito da atividade física através do uso de pedômetros e acelerômetros pode ter benefícios metabólicos em pacientes com DM2. Essa tese visa avaliar, através de um ensaio clínico randomizado (ECR), o efeito da dieta DASH com e sem atividade física em pacientes idosos, com hipertensão e diabetes e através de uma revisão sistemática com meta-análise, o efeito do uso de pedômetros e acelerômetros como ferramentas de motivação e monitoramento em pacientes com DM2. Como métodos, tem-se: Estudo 1) Ensaio clínico randomizado em pacientes com DM2, HAS e acima de 60 anos comparando o efeito da dieta DASH isoladamente com a mesma dieta associada ao uso de pedômetros; Estudo 2) Revisão sistemática com meta-análise de ECRs em pacientes com o objetivo de determinar os efeitos da atividade física estimulada pelo uso de acelerômetros e pedômetros em seus parâmetros metabólicos e físicos. Essa tese demonstrou que, apesar de haver um aumento do número de passos incentivados por pedômetro em indivíduos com diabetes, tanto no ECR quanto na nossa revisão sistemática com meta-análise, o impacto sobre os parâmetros pressóricos e metabólicos são pequenos. No ECR, apesar dos pacientes terem obtido redução no peso, índice de massa corporal (IMC) e pressões de vigília durante a monitorização de pressão arterial (MAPA) de 24 horas, não houve diferença nos desfechos avaliados entre os dois grupos. Já na revisão sistemática com metaanálise, o uso de pedômetros reduziu a HbA1c e os triglicerídeos, quando comparado ao controle. No entanto, não houve associação com mudança no peso, IMC, pressão arterial ou perfil lipídico.