Poder/saber e corpo : os regimes e a construção microfísica da profissionalização da segurança pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jacondino, Eduardo Nunes
Orientador(a): Santos, José Vicente Tavares dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/39436
Resumo: As sociedades ocidentais têm vivenciado processos difusos pelos quais, por um lado, institucionalizam sistemas políticos democráticos, com a ampliação de uma gama de direitos individuais e sociais. Por outro lado, têm vivenciado o crescimento de processos de desestabilização referentes ao controle social, ancorados em fenômenos tais como o crescimento das formas de violência e de criminalidade. Esta ambivalência tem sido caracterizada pelo conceito de modernidade tardia. Neste quadro, o papel da polícia, instituição que emergiu ligada à expansão do poder do Estado, de manter a ordem, garantir a segurança das cidades e lutar contras as formas de delinquência, tem sido foco de críticas, notadamente no que se refere à questão do uso da força. O clássico modelo educativo dado aos policiais – notadamente aos policiais militares – passa a ser alvo frequente de análises que apregoam a necessidade da construção de um novo perfil profissional. Modelo que auxilie as instituições policiais a superarem os padrões militarizados, hierárquicos, ligados a uma postura combativa e focada no crime. Não obstante, a formação dos policiais tem transcorrido, de forma recorrente, dentro das corporações policiais, caracterizadas pela existência de padrões de conduta disciplinares que mantém uma conformação específica de educação, bem como consolida mecanismos formativos muito diferentes daqueles preconizados pelos críticos. Este emaranhado de elementos que perpassam os processos formativos de policiais militares (brasileiros e paraguaios) conforma um campo de saberes/poderes que delimitam os embates travados em torno da formação dos policiais.