Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
França, Andreya Raquel Medeiros de |
Orientador(a): |
Conterato, Marcelo Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249905
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Resumo: |
Esta tese discute longitudinalmente a agricultura familiar de Veranópolis, município localizado na região serrana do Rio Grande do Sul. Teórica e metodologicamente a perspectiva longitudinal da agricultura familiar é operada através da análise das estratégias e trajetórias de 43 famílias mediante a observação de dois pontos no tempo, 2002 e 2019, destacando-se os processos de agrarização e desagrarização e os resultados disso em relação aos estilos de agricultura que se apresentam. O objetivo desta tese é identificar e analisar os processos de agrarização e desagrarização e seus desdobramentos em relação aos estilos de agricultura familiar em Veranópolis, observados os anos de 2002 e 2019, com destaque para a identificação das estratégias e trajetórias enquanto categorias de análise. Para alcançar este objetivo foi aplicada a metodologia dos estudos longitudinais, que tomou por base o estudo executado pelo projeto Agricultura Familiar, Desenvolvimento Local e Pluriatividade (AFDLP) que, em 2003, observando o ano agrícola 2001-2002, entrevistou 59 famílias agricultoras em Veranópolis. A segunda coleta de dados ocorreu em agosto de 2019, observando o ano agrícola 2018-2019, junto a 43 famílias (essa diferença se dá porque não foi possível encontrar os núcleos familiares, tal como em 2002), tendo como instrumento de coleta de dados o questionário aplicado em 2003, com algumas adaptações. A partir disso foram construídas três vias que concentram as famílias mediante a composição de sua renda predominante: aquelas com predominância de renda agrícola; as que predomina a renda não-agrícola e; aquelas cuja predominância de renda provém de aposentadoria e/ou pensão. A via agrícola tende a apresentar maior agrarização, visto que, nela observou-se o fortalecimento da agricultura familiar e a presença da sucessão rural, com a implementação de novas culturas e o aumento do número de famílias em 2019 em relação a 2002. A desagrarização acontece na via previdenciária, que concentra os casos em que a família encontrou dificuldades para a sucessão rural e a renda obtida a partir de aposentadorias e pensões tornou-se predominante, inclusive com casos de desativação da unidade produtiva. Isso também foi identificado na via pluriativa, onde outras áreas ganham espaço econômico na composição da renda das famílias. O estilo de uma agricultura familiar mais agrarizada é encontrado em Veranópolis, mas como em outras partes do Brasil, ela também passou por um processo de desagrarização nas últimas décadas. |