Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Cassiane Negreiros |
Orientador(a): |
Lemos, Valesca Brasil |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246371
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Resumo: |
Conodontes do Devoniano Inferior a Médio estão ausentes no registro geológico dos reinos Malvinocáfrico e das Américas Orientais e sua ocorrência no Devoniano Superior em regiões de latitude alta é extremamente rara. Esse fato contrasta com a abundância e diversidade desses organismos, reconhecidas nas faunas marinhas pensilvanianas. O material examinado é proveniente do Devoniano Superior e Pensilvaniano da Bacia do Amazonas, Grupo Curuá – Formação Barreirinha e Grupo Tapajós – formações Monte Alegre, Itaituba e Nova Olinda, respectivamente. A pesquisa empreendida consiste em estudos de taxonomia e sistemática, objetivando descrição detalhada e investigação da presença ocasional dos conodontes devonianos e o aprimoramento do conhecimento acerca da biodiversidade desses organismos no Pensilvaniano da América do Sul. Além disso, análises do Índice de Alteração de Cor (IAC) foram desenvolvidas com o intuito de avaliar o potencial para hidrocarbonetos e a influência da atividade ígnea e/ou hidrotermal na história térmica da bacia. Os exemplares são oriundos de amostras de poços estratigráficos e de afloramento e foram extraídos de diferentes litologias através de técnicas mecânicas e químicas típicas, com soluções tampão de ácido acético. Após a concentração e recuperação dos espécimes, aqueles selecionados foram observados ao Microscópio Eletrônico de Varredura para obtenção de imagens, com fins à análise taxonômica e de microtexturas. Posteriormente, as espécies descritas foram submetidas à investigação sistemática. O IAC e as alterações texturais foram identificados sob microscópio estereoscópico através da determinação da cor e da análise do estado de preservação da superfície dos espécimes, comparando-os a uma célula de IAC padrão. Em seguida, os intervalos de paleotemperaturas foram obtidos. A variação desse índice foi avaliada sob mapa geológico simplificado, seções estratigráficas e mapas de isolinhas de IAC. Além disso, o estabelecimento do zoneamento de maturação e a elaboração de resumo gráfico e mapa da estimativa de erosão/preservação de unidades do Grupo Tapajós auxiliaram na interpretação da história térmica da bacia. A fauna de conodontes devoniana, indicativa do Frasniano superior, apresenta baixa diversidade, compreendendo cinco espécies. Essa associação possui semelhanças com as faunas do Devoniano Superior da Bolívia, América do Norte central e Europa ocidental, sugerindo o intercâmbio de táxons entre estas regiões durante condições ambientais episódicas. Em contrapartida, os espécimes carboníferos mostram grande diversidade e atualmente constituem o registro mais vasto do Pensilvaniano Inferior-Médio na América do Sul. Foram identificadas vinte e sete novas espécies. Uma espécie nova, Idiognathodus itaitubensis, foi proposta para esta Época na Bacia do Amazonas. A afinidade previamente conhecida das faunas amazonenses com aquelas do Reino Midcontinent-Andean foi confirmada e a possibilidade de uma conexão marinha durante o Pensilvaniano Médio entre as bacias da América do Sul e o Oceano Paleotethys foi aventada. As formações estudadas apresentam valores de IAC principalmente entre 1.5-3 e condições diagenéticas propícias à geração de óleo pesado/leve e gás úmido/seco. O principal processo envolvido na maturação da matéria orgânica durante o Pensilvaniano-Permiano da bacia foi o soterramento sedimentar e, secundariamente, metamorfismo de contato e processo erosivo pronunciado. A atividade de fluidos condicionou as alterações texturais/microtexturais e as paleotemperaturas máximas alcançaram cerca de 180ºC. |