Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Kerch, Aline Louise |
Orientador(a): |
Azevêdo, Ariston |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/77749
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Resumo: |
A pesquisa que foi desenvolvida nessa dissertação buscou compreender como os estudantes de Administração desenvolvem seus “talentos artísticos profissionais” no âmbito das atividades de Empresas Juniores. Com o intuito de unir saberes que propiciassem um melhor entendimento acerca do objeto desse estudo, diferentes assuntos necessitaram ser previamente investigados. Para construir sua base teórica, a autora considerou três tópicos centrais: a Educação Superior em Administração no Brasil, as Empresas Juniores e os “talentos artísticos profissionais”. A respeito da Educação Superior em Administração no Brasil, foram ponderados aspectos acerca dos cursos, da formação de Administradores e do currículo que é oferecido pelas instituições de ensino. Em relação às Empresas Júniores (EJ’s) elencaram-se alguns episódios sobre o seu surgimento, no Brasil e no mundo, bem como suas principais características e o papel e a importância dos estudantes nessas organizações. Na investigação realizada sobre as conceituações de Donald Schön, na intenção de compreender, nos pormenores, o que é o “talento artístico profissional” (termo criado por ele e utilizado nessa pesquisa), traçaram-se considerações sobre sua vida e sua obra – sobretudo por ser ele, ainda hoje, um autor pouco conhecido no Brasil. Ao conceituar os “talentos artísticos profissionais”, Donald Schön (1983) afirma que eles podem ser entendidos como sendo aquelas competências e habilidades através das quais os profissionais, realmente, dão conta de zonas indeterminadas da prática profissional e, que os estudantes só conseguem adquirir ou desenvolver seus “talentos artísticos profissionais” através da realização de atividades da prática profissional – porque, somente nelas, as zonas indeterminadas se apresentam e podem a ser vivenciadas. Portanto, considerando que, para Donald Schön (2000, p. 38), o “talento artístico profissional” só pode ser desenvolvido na prática – quando o estudante experencia “zonas indeterminadas”– e dado que, no Brasil, as atividades realizadas dentro das Empresas Juniores são, para um grande número de estudantes de Administração, uma das poucas oportunidades onde eles podem realizar atividades voltadas a sua prática profissional, enquanto ainda estão em formação acadêmica, surgiu a seguinte questão de pesquisa: como os estudantes de Administração desenvolvem seus “talentos artísticos profissionais” no âmbito das atividades de Empresas Juniores? Para tentar responder a esse questionamento, optou-se por procedimentos metodológicos voltados a uma abordagem qualitativa, num nível exploratório, onde a entrevista semiestruturada e sua posterior análise de conteúdo foram empregadas como técnica de pesquisa e procedimento de análise, respectivamente. O corpus encontrado em campo possibilitou compreender que os estudantes de Administração adquirirem e desenvolvem seus “talentos artísticos profissionais” durante a realização de inúmeras atividades nas Empresas Juniores, onde os processos de conhecer-na-ação, reflexãona- ação e reflexão sobre a reflexão-na-ação acontecem. Apesar de algumas críticas que foram tecidas sobre as EJ’s, conclui-se que essas organizações constituem-se num local propício para os estudantes de Administração adquirirem e desenvolverem seus “talentos artísticos profissionais” e, também, que o “talento artístico profissional” só poderá ser desenvolvido através da vivência da prática profissional onde situações de incertezas possibilitarão ao estudante uma atuação voltada à prática reflexiva. |