Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eduarda Borges da |
Orientador(a): |
Pinto, Celi Regina Jardim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263713
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Resumo: |
Essa tese teve por objetivo analisar se a autonomia ao parir se constituiu em uma demanda/debate feminista no Brasil, entre 1979 e 2006, a partir da imprensa nacional, principalmente, de veículos que compõem a “segunda geração” da imprensa feminista. Inicialmente, analisei as diferenças entre a imprensa tradicional e a feminista. Na sequência, apresentei os posicionamentos que o movimento feminista teve em relação à maternidade, até notá-la como um lugar social que tanto confere poder quanto opressão às mulheres. Abordei o instinto materno e a ofensiva naturalista, o planejamento familiar e como a mortalidade materna foi representada, inserindo o tema do parto nos jornais. Depois refleti sobre o controle dos corpos e o processo de medicalização do parto, a partir do conceito de bio/necropolítica, dando atenção às campanhas pela redução de cesarianas. Ainda, abordando o direito ao luto fiz uma análise interseccional, concluindo que a naturalização da mortalidade materna é uma violência que afeta as mulheres de modo compartilhado, contudo, para algumas é uma precariedade maximizada. Por fim, teci a discussão teórica sobre o conceito de autonomia no feminismo, com duas teóricas feministas, Flávia Biroli e Judith Butler, e analisei a possibilidade do debate sobre autonomia ao parir nas fontes impressas feministas, tendo como foco as lutas e resistências pela saúde das mulheres, sobretudo a criação do “Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher” (PAISM), em 1983, o trabalho de uma ONG de parteiras tradicionais em Pernambuco, que atuam desde 1991 – “o Centro Ativo de Integração do Ser” (CAIS do Parto), a atuação das casas de parto e os sentidos do movimento de “Humanização do Parto” em um contexto fortemente marcado pelo poder de consumo e pelo individualismo. Concluí, portanto, que houve debate feminista sobre autonomia ao parir e, este se deu no reconhecimento da precariedade compartilhada entre mulheres e na criação de alianças entre si. |