Avaliação epidemiológica de pacientes com leucemia mielóide aguda atendidos em serviços de oncohematologia pediátrica do Rio Grande do Sul nos últimos 10 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Meriene Viquetti
Orientador(a): Daudt, Liane Esteves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188953
Resumo: Introdução: A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é considerada uma doença rara na faixa etária pediátrica. Mesmo com os avanços nos estudos atuais, a taxa de cura é de cerca de 60- 70%. Assim, mais estudos cooperativos e regionais são necessários para uma melhor avaliação e compreensão das características da doença, com o objetivo de melhorar o tratamento e o prognóstico das crianças afetadas. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas e as taxas de sobrevida de pacientes com LMA, menores de 18 anos, em 5 hospitais de referência em onco-hematologia pediátrica do Rio Grande do Sul. Método: Estudo de coorte retrospectivo por meio de análise de prontuários. Incluídos todos os pacientes atendidos em serviços envolvidos de janeiro de 2005 a dezembro de 2015. Resultados: Dos 149 pacientes com LMA, 63,0% (n = 94) eram do sexo masculino. A mediana de idade ao diagnóstico foi de 10,5 anos (variação de 0 a 18 anos) e 40,3% (n = 60) apresentaram contagem de leucócitos abaixo de 50.000 / mm³. O subtipo mais comum de FAB foi M3 (n = 43, 28,9%). Nove (6,0%) pacientes apresentavam doença em sistema nervoso central. Nos pacientes com M3, a sobrevida global (SG) foi de 69,2% e a sobrevida livre de eventos em 3 anos (SLE) foi de 67,7%; em pacientes não M3, essas taxas foram de 45,3% e 36,7%, respectivamente. Em pacientes não M3, a SG foi significativamente diferente entre pacientes transplantados (61,8%) e não transplantados (38,2%) (p = 0,031). Conclusões: Nossos resultados mostram uma prevalência maior do subtipo FAB M3 do que a relatada na literatura internacional, assim como uma redução na SG em comparação com os países desenvolvidos. Portanto, ressaltamos a importância de estudos multicêntricos, incluindo um número maior de pacientes no Brasil, para que as características possam ser melhor identificadas e o tratamento otimizado em nossa população, a fim de melhorar a sobrevida.