Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Saldanha, Carla Forgiarini |
Orientador(a): |
Monticielo, Odirlei André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193138
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Resumo: |
Introdução: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) e uma doença multifatorial em que variantes genéticas como do gene MBL2 podem contribuir para sua etiopatogenia e aumento de risco de infecção nesta população. Objetivo: Avaliar a relação entre polimorfismos do gene MBL2 e seus haplótipos da região codificante e promotora e internação, número de internações e total de dias internados para tratamento de infecções graves em pacientes com LES do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Métodos: Trezentos e vinte e cinco pacientes consecutivos com LES do Hospital de Clínicas de Porto Alegre realizaram análise genética para polimorfismos da região codificante e promotora do gene MBL2 em 2006 sendo acompanhados até 2016. Informações clínicas e laboratoriais foram obtidas além de dados sobre internações, número de internações e total de dias de internação para tratamento de infecções por revisão de prontuários que foram relacionados com polimorfismos do gene MBL2 e seus haplótipos. O modelo de regressão linear foi construído considerando as variáveis que na análise bivariada demonstraram associação significativa com número de internações e total de dias internados além de variáveis com embasamento teórico. Valor de p<0.05 foi considerado estatisticamente significativo em todas as análises. Resultados: Não houve diferença significativa entre a prevalência dos polimorfismos avaliados entre os grupos de pacientes que internaram e os que não internaram para tratamento de infecções graves. Pacientes com alelo C e os haplótipos LY e HY tiveram maior número de internações por infecção grave: homozigoto normal para C: 2 [intervalo interquartil (IIQ) 1-3] e heterozigoto para C: 3 (IIQ 2-6), p=0,038; LY: 2 (IIQ 1-3), p=0,048; HY: 2 (IIQ 1-3), p=0,005. Além disso, os pacientes com HY tiveram menor tempo de internação hospitalar: 18 (IQR 10-38) p=0,041. Após modelo de análise multivariada, a presença de HY permaneceu com menor tempo de internação independente das outras variáveis (-18,11 dias, p=0.021) e pacientes com HY e idade mais avançada no diagnóstico do LES tiveram menos internações (modelo de regressão linear com HY: -1,52, p=0,001; modelo de regressão linear com HY para idade no diagnóstico do LES: -0,42, p=0,006; modelo de regressão linear com LY para idade no diagnóstico do LES: 0,04, p=0,010; modelo de regressão linear com alelo C para idade no diagnóstico do LES: -0,04, p=0,013). Conclusão: A presença do haplótipo HY localizado na região promotora do gene MBL2 leva as internações por infecções graves serem mais curtas provavelmente porque este haplótipo também está relacionado aos genótipos do gene MBL2 que expressam níveis séricos mais altos de MBL. Também a presença do haplótipo HY e idade mais avançada no diagnóstico do LES estão relacionados com menos internações por infecções graves. Esses achados são importantes considerando que infecção e uma causa ainda frequente de morte em pacientes com LES e que não está apenas relacionada com tratamento imunossupressor. |