Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Filgueiras, Leonardo Vilar |
Orientador(a): |
Celeste, Roger Keller |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249880
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Resumo: |
A periodontite é um agravo bucal importante que afeta aproximadamente 20% de indivíduos no mundo. Fatores socioeconômicos individuais e comportamentais podem explicar parte das disparidades observadas nas estimativas da doença . No entanto, fatores contextuais atribuídos ao efeito da área (físicos/ambientais, socioeconômicos-SES e serviços de saúde bucal) podem contribuir para a prevalência da doença. Diante disso, o presente estudo avaliou o efeito do contexto de área na prevalência da periodontite. Foram realizados dois estudos: 1) revisão sistemática: PubMed, Scopus, Web of Science e EMBASE foram as bases de artigos utilizadas. Considerou-se estudos em que periodontite foi avaliada pela perda de inserção e profundidade à sondagem em adultos acima de 18 anos em estudos com dados contextuais atribuídos ao nível de área-SES e de serviço de saúde bucal. Um total de 646 artigos foram identificados (n= 101.362 indivíduos) sendo 13 incluídos ao final. Dois revisores independentes selecionaram, extraíram e avaliaram os dados qualitativamente. Fatores de contexto atribuídos ao nível de área-SES e de serviço de atenção bucal podem influenciar a periodontite, mas as evidências presentes ainda são inconclusivas. 2) estudo seccional multinivel: A amostra compôs 3.426 indivíduos na faixa etária de 34 a 44 anos. A variável resposta foi a periodontite moderada a severa com perda de inserção e profundidade à sondagem > 3 mm. As variáveis exploratórias foram divididas em quatro blocos: I- individuais composicionais (sexo, idade, renda, nível educacional); II- uso de serviços de saúde (última visita ao dentista, motivo da consulta e taxa de procedimentos periodontais); III- estrutura de serviço de saúde (cobertura de atenção bucal primária, presença de Centro de Especialidades Odontológicas - CEO, outro serviço de atenção bucal secundária e presença de periodontistas), IV- indicadores contextuais de desenvolvimento (população urbana, tamanho da população, índice de Gini, componente renda do Índice de Desenvolvimento Humano-IDH e Produto Interno Bruto-PIB). Os dados foram oriundos do SBBrasil (2010), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema de Informação da Atenção- SIA, e do Programa de Melhoria ao Acesso e Qualidade da Atenção Secundária (PMAQ-CEO ciclo 1). Realizou-se análise de regressão multinivel utilizando software R versão 3.4.2 e Stata 16.1. Nas análises ajustadas, a presença de um ou mais CEO, não esteve associada a periodontite (p > 0.10). A presença de algum outro serviço de referencia de atenção bucal secundária foram associadas a menor prevalência de periodontite com OR= 0.41 (95% CI 0.17- 0.97). A chance de ter periodontite foi maior em indivíduos mais velhos, com baixo nível educacional, e que visitaram dentista por motivo de dor e/ou extração dentária e tratamento. A presença unicamente dos CEO não mostrou um gradiente de associação com a periodontite, no entanto o efeito contextual de outros serviços de atenção bucal secundária esteve moderadamente associado a menor prevalência de periodontite, concluindo que municípios necessitam de outros modelos de atenção especializada além do CEO bem como investigar outros determinantes da saúde. |