Histopatologia da interação Triticum aestivum x Magnaporthe oryzae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barbieri, Marciele
Orientador(a): Martinelli, Jose Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184754
Resumo: O trigo é o segundo cereal mais produzido no mundo, com significativo peso na economia agrícola global. No Brasil, o trigo é cultivado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A brusone, conhecida pelos danos causados à cultura do arroz, também denominada de branqueamento das espigas, consiste em uma das principais doenças fúngicas presentes em trigo no Brasil. A partir dessa problemática na cultura do trigo buscou-se investigar a interação entre Triticum aestivum e o patógeno Magnaporthe oryzae utilizando como principal ferramenta de estudo a histopatologia. Foram investigadas as quatro cultivares de trigo Anahuac, BR18, BRS229 e Ônix. As plantas de trigo foram inoculadas na sexta (6ª) folha com o isolado de M. oryzae Py 145, oriundo do arroz, ajustada a concentração de esporos para 1 x 105 esporos por Ml. Após esse período, as plantas foram acondicionadas em uma câmara úmida, no escuro, por 24 horas. Amostras de segmentos de folhas de 2,5 cm cada foram imediatamente submetidas às reações de fixação e preparo para exame de microscopia de luz e fluorescência Os parâmetros avaliados foram germinação de esporos, formação de apressórios, penetração, formação de colônias, morte celular e formação de papilas nos tempos de coleta 6, 12, 18, 24, 36, 48 e 72 horas após a inoculação (hai). A análise estatística foi feita pelo Teste Exato de Fisher, com correções de Bonferroni. A germinação de esporos nas cultivares manteve-se constante a partir de 12 hai. Quanto à formação de apressórios, todas as cultivares produziram apressórios melanizados. A partir de 36 hai obteve-se uma elevação na infecção das células. Em 48 hai observou-se uma maior invasão das hifas infectivas sobre diversas células do hospedeiro, destacando-se um percentual elevado de formação de colônias na cultivar suscetível Anahuac, com 71%. A cultivar BR18 apresentou morte celular crescente para todos os horários, diferindo em 48 hai das demais cultivares para esse parâmetro. A cultivar Ônix foi a única a desenvolver papilas como estruturas de resistência em 72 hai. Os resultados deste trabalho sugerem a existência de resistência em trigo ao brusone, possivelmente com distintos mecanismos.