Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Tonini, Hernanda |
Orientador(a): |
Lopes, Marta Júlia Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172671
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Resumo: |
O presente estudo analisa situações de vida de pessoas com deficiência que vivem em áreas rurais do RS com base na noção de desenvolvimento social ampliado. Portanto, reflete estratégias adotadas pelas famílias em busca de seus direitos e liberdades em vista de sua reprodução socioeconômica em comunidades rurais de Camaquã e Chuvisca, localizadas na Metade Sul do estado. Para nortear os caminhos da pesquisa, definiu-se como objetivo geral conhecer, refletir e analisar os meios e modos de vida de pessoas com deficiência em áreas rurais do RS e as dinâmicas familiares na perspectiva do desenvolvimento social ampliado. Fazendo uso de metodologia quali e quantitativa, foram realizadas 24 entrevistas semiestruturadas, sendo 12 pessoas com deficiência e 12 familiares. O cenário do estudo foi analisado a partir da distribuição e frequência de pessoas com deficiência em 8 municípios da Metade Sul do RS, segundo Censo de 2010, em conjunto com os critérios de desenvolvimento adotados pelo PROINTER/UFRGS. A pesquisa documental possibilitou confrontar a realidade vivenciada pelos entrevistados com a base legal existente nas cidades investigadas. A análise de conteúdo permitiu a identificação de 7 categorias temáticas: renda, mobilidade, saúde e reabilitação, interação social, educação, entorno rural; cuidado e doação. Os resultados apontam para a alta incidência de deficiências em pessoas que vivem no rural da Metade Sul do RS, em alguns casos superando 50% da população, além da prevalência dos casos no sexo feminino. Os participantes vivem em situação de vulnerabilidade e privação de liberdades, visto as características do ambiente rural e a escassez de recursos e serviços. No que tange ao acesso aos direitos constitucionais, nenhum dos entrevistados realiza trabalho remunerado, 58,3% recebe benefício assistencial, 33,3% frequenta a escola, todos eles utilizam o sistema público de saúde, sendo que 2 deles não possuem diagnóstico. As dinâmicas familiares são diversas, sofrendo influência da rede de contatos, do tipo de deficiência, das condições econômicas entre outros. Dentre os principais ativos acessados pelas famílias na construção de suas estratégias de enfrentamento e sobrevivência, destaque para os benefícios da terra própria, base do rendimento dos participantes do estudo, acesso a veículos motorizados, rede de contatos e serviços sociais e humanos (assistência social, associações, sistema de saúde). Os contextos de vida partilhados justificam a defesa da perspectiva de desenvolvimento social ampliado, estimulando as capacidades e liberdades de todos os indivíduos na sociedade. |