Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nolasco, Talmir Ribeiro |
Orientador(a): |
Knorst, Marli Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271303
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam risco aumentado de doença cardiovascular e mortalidade. Embora os efeitos da reabilitação pulmonar (RP) na redução da dispneia, na melhora da capacidade de exercício e da qualidade de vida sejam bem conhecidos em pacientes com DPOC, o impacto desta intervenção sobre fatores de risco cardiovasculares tem sido pouco estudado. Objetivos: O objetivo deste ensaio clínico randomizado foi analisar o efeito de um programa de RP de 8 semanas sobre a função endotelial e outros fatores de risco cardiovasculares em pacientes com DPOC. Métodos: Trinta e três pacientes foram randomizados para participar de um programa de RP (grupo EXP; n=18) ou receber cuidados usuais (grupo CON; n=15) durante 8 semanas. Os sintomas, a capacidade de exercício e a qualidade de vida foram medidos no início e após intervenção/observação. A dilatação da artéria braquial mediada por fluxo (FMD), o índice tornozelo-braquial (ITB), o questionário de claudicação intermitente, o escore de risco cardiovascular, a pressão arterial, o número de passos por dia, a glicose, os lipídios e a proteína C reativa também foram avaliados nos dois momentos. Resultados: Os participantes tinham média de idade de 65 ± 6,7 anos no grupo EXP e 62,2 ± 8,0 anos no grupo CON. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foi de 45,5 ± 15,4 % do previsto no grupo EXP e 45,5 ± 15,4 % do previsto no grupo CON. A maior parte da amostra (64%) era do sexo feminino. A RP reduziu os sintomas, melhorou a capacidade de exercício e a qualidade de vida em pacientes com DPOC (p<0,05 para todos). O VO2pico aumentou no grupo EXP (p<0,001) e não se alterou no grupo CON. No início do estudo, 69% dos pacientes apresentavam disfunção endotelial. A RP não alterou a função endotelial (p=0,876), embora outros benefícios cardiovasculares tenham sido demonstrados. O exercício reduziu a proteína C reativa, os triglicerídeos, a glicose e melhorou o escore de risco cardiovascular, a pressão arterial sistêmica, o índice tornozelo-braquial e o número de passos (p<0,05 para todos). Conclusões: A RP melhorou sintomas, capacidade de exercício, qualidade de vida e parâmetros relacionados à aptidão cardiopulmonar. A função endotelial medida pela FMD não se alterou com o exercício. Houve melhora de outros fatores de risco cardiovasculares como marcadores laboratoriais, pressão arterial e fluxo sanguíneo para os membros inferiores com a reabilitação pulmonar. |