Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lampert, Simone Steyer |
Orientador(a): |
Bosa, Cleonice Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202545
|
Resumo: |
Nos últimos anos, o conhecimento acerca das manifestações precoces do Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou seja, a presença de sinais comportamentais que ocorrem cedo no desenvolvimento, tem aumentado significativamente. Isso tem oportunizado à criança um benefício quanto à possibilidade de intervenções mais cedo possível, as quais contribuem reduzindo o risco da manifestação mais severa dos sintomas e melhorando o prognóstico. No entanto, o diagnóstico tardio ainda é uma realidade mundial. Por esse motivo, desenvolver estratégias para o reconhecimento de sinais precoces tem sido considerado uma das prioridades na pesquisa em TEA, principalmente no contexto de saúde pública. Dessa forma, a presente pesquisa tem como objetivo principal avaliar os resultados do programa de capacitação dirigido à Atenção Básica em Saúde, com vistas à identificação precoce dos sinais de alerta para o TEA, tendo como base a avaliação da sua efetividade. Inicialmente, no primeiro capítulo, são apresentados os principais conceitos teóricos desenvolvimentais utilizados, bem como os princípios de efetividade considerados na metodologia de avaliação. O segundo capítulo é constituído por uma proposta de artigo, no qual se apresenta um estudo empírico de cunho quase-experimental, com delineamento de pré e pós-teste, cujo objetivo foi avaliar a efetividade do programa de capacitação direcionado a 20 agentes comunitários de saúde (ACS) dos serviços de Atenção Básica em Saúde. Neste documento, são descritas as teorias que sustentam os princípios da identificação precoce do transtorno, assim como a definição das variáveis utilizadas na avaliação da sua efetividade. Apresenta-se, também, o método, englobando os eixos programáticos que foram abordados na capacitação e os instrumentos de avaliação da sua efetividade. Os resultados apontaram que houve um aumento significativo nos níveis de conhecimento dos ACS, tanto no que diz respeito aos marcos do desenvolvimento típico quanto no que se refere aos sinais de alerta do TEA. Também foi possível constatar que mais de 70% dos ACS referiram sentir-se satisfeitos com a capacitação, tanto ao final do programa de capacitação quanto no follow up, que mediu a aplicabilidade dos conhecimentos na prática. Por fim, são apresentados os perfis de 4 crianças identificadas pelos ACS como crianças em risco para o TEA, após 4 meses de finalização da capacitação. Destaca-se que, apesar da avaliação por experts ter confirmado o risco para o TEA em apenas 2 crianças, todas apresentavam comprometimentos em indicadores comportamentais considerados sinais de alerta para o TEA. No capítulo final, são apresentadas considerações críticas finais, ampliando a discussão a respeito dos efeitos positivos da capacitação. Desse modo, tomados em conjunto, os achados do presente estudo demonstraram que: a) foram produzidas evidências preliminares de que o programa de 8 capacitação em identificação de sinais de alerta do TEA ampliou o conhecimento dos ACS e gerou efeitos positivos nas ações direcionadas à prevenção e promoção da saúde, mesmo em aspectos tão específicos do desenvolvimento social e comunicativo; b) os achados apontaram que é possível desenvolver programas de capacitação em identificação precoce do TEA em níveis mais básicos de atenção em saúde de forma potencialmente efetiva. |