Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Cóssio, Maria de Fátima |
Orientador(a): |
Luce, Maria Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270509
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo principal a reflexão sobre os aspectos mais significativos na construção da identidade profissional de professoras de educação infantil e séries iniciais e qual o papel da formação inicial na construção desta identidade. Dez professoras de uma escola pública periférica do município de Bagé foram entrevistadas. Uma professora da educação infantil e as demais de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. A escolha desse segmento da educação básica deve-se ao interesse profissional pessoal de dirigir o foco investigativo para o Curso de Pedagogia onde atuo e à crescente tendência de o curso estruturar-se tendo como prioridade a docência nas séries iniciais. A metodologia utilizada foi a de "relatos de vida profissional", coletados a partir de entrevistas semi-estruturadas, orientadas por eixos investigativos e analisadas por meio da metodologia de análise de conteúdo. A análise das falas organizadas por eixos investigativos favoreceu a construção de três categorias: instituições (sistemas, escola), cultura docente e profissionalização. A análise das categorias mostrou o grau de alienação política em que estão imersas as professoras, revelada pela naturalização das condições de desvalorização e desprestígio profissional, expressos pelas precárias condições de trabalho, pelo controle superior (sistema, direção da escola) sobre a atividade docente, pela baixa remuneração, pela falta de participação nas decisões da escola. Demonstrou também que as professoras constroem seus conhecimentos pedagógicos na prática vivida na escola, sem a explicitação de um quadro teórico de referência. A formação inicial não parece se apresentar como significativa na construção da identidade profissional. Estas revelações empíricas alertam para a urgência de uma profunda reflexão e revisão dos cursos de professores no sentido de ocuparem um espaço no processo de resgate da dignidade das professoras e de encaminhamento para uma possível profissionalização docente. |